[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Pombos domésticos podem oferecer riscos à saúde | O POVO
Doenças 17/11/2013

Pombos domésticos podem oferecer riscos à saúde

Alguns cuidados devem ser tomados para diminuir os riscos de contaminação por doenças respiratórias ou de pele. Em Fortaleza, não há políticas públicas direcionadas ao controle dos animais
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Andressa Bittencourt andressabitten@opovo.com.br
EDIMAR SOARES
Os pombos, considerados "pragas urbanas", estão presentes em diversos lugares, inclusive em casas ou condomínios residenciais
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No alto das sacadas dos prédios, em torres de igreja, nas praças ou no meio da rua. Os pombos, considerados “pragas urbanas”, estão presentes em diversos lugares, inclusive em casas ou condomínios residenciais.


Da espécie Columba livia, os “pombos domésticos” podem viver de três a cinco anos em cidades como Fortaleza. O clima quente, associado à possibilidade de abrigo e alimentação, proporciona aos animais entre quatro a seis ninhadas por ano.


Alojados no telhado da casa de Roberto de Sousa, 42, os pombos defecam e soltam penas, sujando cômodos do domicílio. O policial afirma ter de fazer limpeza todos os dias, com água e sabão, para evitar doenças. “Dependendo da hora do dia, aparecem até 50 pombos”.


Segundo o biólogo Luís Gonzaga Sales Júnior, a proliferação de pombos é causada pelo abrigo que o local pode oferecer à ave, assim como a disponibilidade de alimentos, sobretudo grãos. Segundo o biólogo, a falta de predadores da ave também contribui para o aumento da população do animal.


Doenças

O infectologista Ivo Castelo Branco alerta sobre os riscos que a ave traz à saúde. “As fezes do pombo contêm um fungo (cryptococcus) que pode causar doenças como pneumonia e meningite. A contaminação ocorre se a poeira, ocasionada pelo ressecamento das fezes, for inalada”. O cryptococcus presente nas fezes do pombo pode atingir o sistema nervoso central e causar até a morte.

 

Outras doenças como histoplasmose e ornitose também podem ser contraídas com a inalação de poeira com fezes infectadas, afetando o sistema respiratório. Alimentos com fezes contaminadas com a bactéria Salmonela sp, se ingeridos, ocasionam a salmonelose, comprometendo o aparelho digestivo. A ave e seus ninhos contêm ácaros que podem causar doenças menos graves como alergias, dermatites (inflamações na pele) e micoses. Todas as doenças possuem tratamento, mas podem ser prevenidas, evitando-se o contato com as fezes secas dos pombos.


Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal da Saúde, não há políticas públicas direcionadas ao controle dos animais, pois eles são protegidos por lei, não podendo ser mortos ou maltratados.

 

SERVIÇO

 

Associação de Empresas de Controle de Pragas do Ceará (Aceprag)

Telefone: 3062 9102

Site: www.aceprag.com.br


Doenças


Principais doenças relacionadas aos pombos:

 

Histoplasmose: infecção pulmonar.


Criptococose: inflamação no cérebro.


Salmonelose: doença infecciosa aguda que afeta o sistema digestivo


Dermatites: são provocadas pela presença de ácaros na pele, provenientes das aves ou de seus ninhos.

 

Saiba mais

 

Os pombos são protegidos pela Lei de Crimes Ambientais n° 9.605/98. No entanto, algumas medidas podem ser tomadas para evitar a presença dos animais nas casas.


A Associação de Empresas de Controle de Pragas do Ceará (Aceprag) dá algumas dicas:


1. Umedecer as fezes antes de removê-las e utilizar máscara ou pano úmido na boca e nariz para fazer a limpeza do local;


2. Não deixar restos de alimentos ao acesso das aves, inclusive sobras de ração de animais domésticos;


3. Utilizar repelentes ou barreiras físicas (espículas, redes ou telas);


4. Remover os ninhos;


5. Retirar as penas que se soltam, pois também são vetores de doenças.

 

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espaço do leitor
Moreira 18/11/2013 10:14
Obrigado pela matéria!
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Bernardo Lucas 17/11/2013 11:30
O mesmo acontece na Rua Oscar Bezerra, 250, bairro Damas. Há uma proliferação de pombos que não há como resolver. O condomínio já tapou com alvenaria todas as entradas, mas não diminuem. As autoridades de saúde precisam agir.
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