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A História, na forma que nos é contada, mostra como foi o ontem e é uma ferramenta para que a sociedade consiga ter um melhor entendimento de si própria no hoje. Mas, muitas vezes, o processo ou os caminhos para chegarmos a esse tipo de conhecimento passam despercebidos. O modo como o passado é interpretado se configura como o campo de atuação da historiografia, ciência que, basicamente, estuda as maneiras que a História é produzida.
É curioso notar que a História não é um filme que passou. É uma película que pode constantemente ser editada e reinterpretada. O ontem e o hoje se relacionam intrinsecamente em uma estrada de mão dupla chamada tempo.
Historiador e professor Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Américo Souza, aponta que a compreensão de que o passado influencia a construção do presente é, em regra, até algo simples de compreender.
“Como o presente influi sobre o passado é que, por vezes, é mais difícil de perceber. Os episódios ocorridos no passado não mudam. 21 de abril de 1500 marca a chegada de Cabral à América. Isso é imutável. O que muda de acordo com o ‘presente’ é a percepção disso, que para uns foi uma descoberta, para outros uma invasão”, exemplifica Américo.
Dessa forma, as experiências vividas no agora angulam o olhar da ciência para o antes e, inclusive, discutem qual passado é interessante de se obter uma compreensão mais apurada. “O bom historiador é aquele que olha o passado com os pés bem fincados no presente, buscando ajudar a responder inquietações dos seus contemporâneos. Por isso, neste início de século XXI, temas como o gênero e o meio-ambiente ganham espaço nos estudos históricos, porque são questões importantes no nosso tempo presente”, complementa.
Interdisciplinaridade
A Historiografia é apenas uma das áreas do conhecimento que têm o passado como matéria-prima de estudo. Com uma ciência cada vez mais especializada e um mundo com comunicação mais difundida, o caminho natural é a ampliação da interdisciplinaridade e troca de saberes.
A edição deste domingo do Ciência&Saúde traz alguns desses campos do conhecimento que estudam o passado. Alguns dos principais especialistas do País nessas áreas estiveram e estão em Fortaleza para debater temas relacionados à História e discutir justamente essa interdisciplinaridade. Desde a última sexta-feira, 6, até a próxima quinta-feira,10, ocorre na Capital o IV Encontro da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB).
“A arqueologia é uma das mais expressivas áreas do conhecimento que necessita dialogar. Precisa de informações de várias áreas como as ciências humanas ou as da natureza”, explica Marcélia Marques, professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e membro da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB).
Além desse evento, outro sediado na Capital no mês de outubro, o VII Congresso Nacional de Arquivologia, discutiu a importância da interdisciplinaridade na gestão documental e informacional.
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