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Tudo começa na natureza. Na verdade, toda a Física e a Química que explicam a produção da energia nuclear têm origem em elementos naturais. Para a geração de energia, o mineral mais utilizado é o urânio 235 U ou 238 U (numeração que indica a variante do elemento químico, chamado de isótopo). O primeiro, possui um maior poder de sustentar a reação em cadeia que gera força. Porém, ele só é encontrado em aproximadamente 1% do urânio natural.
A fase inicial para produção da energia nuclear é a produção da “yellow cake”, que é uma pasta de urânio. Esse processo compreende as etapas do ciclo do combustível. Na mata de Itataia, entre os municípios de Santa Quitéria e Itatira, no Ceará, deverá haver instalação de produção da pasta. Daí então tem início uma série de etapas até que o elemento combustível do reator nuclear esteja pronto. “Esse material passa por uma etapa de conversão para gás, que se transforma em pó, que depois é transformado em pastilhas pequenas que vão ser inseridas numa espécie de conjunto de varetas, que será inserido no vaso do reator”, detalha o chefe do distrito da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) de Fortaleza, Júlio Barreto Cruz. Essas varetas têm cerca de 1 cm de diâmetro e 5 metros de altura e estão dispostas no formato de um quadrado, com 15 varetas em cada lado.
As varetas são a primeira barreira que impede a saída de material radioativo para o meio ambiente. Um grande vaso de aço, com paredes que variam entre 20 cm e 30 cm, montado em cima de uma estrutura de concreto, é a segunda barreira física. Outro envoltório, uma espécie de “carcaça” de aço com 3,8 cm de espessura é a terceira barreira. “Quando um reator é ligado, você tira as barras de controle e começa a ter nêutrons de um lado para outro, batendo em urânio 235 U e aí começa a gerar novos nêutrons e isso se torna uma reação em cadeia, que precisa ser controlada. No reator ela é controlada, principalmente porque está sendo refrigerado”, explica Júlio.
Tório e plutônio
De acordo com o coordenador do Programa de Engenharia Nuclear do Instituto Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Carvalho, o tório é outro elemento químico, encontrado na natureza, que poderia ser utilizado para energia nuclear. “Também poderia ser combustível, mas os reatores de urânio são mais simples de serem projetados e construídos. Plutônio também serviria, mas não existe na natureza, eles só conseguem ser gerados dentro de alguns reatores”, especifica.
Mas o urânio que provocará a reação em cadeia dos átomos precisará ser enriquecido, ou seja, purificado ao seu máximo. Isso acontece a partir de uma tecnologia que pode ser chamada de centrifugação. Nesse processo, as partes mais pesadas do elemento químico vão para a parte externa. Ou seja: há uma separação do isótopo de urânio capaz de passar pela fissão nuclear e do isótopo incapaz. Normalmente, esse enriquecimento acontece a níveis de 3% e 5%, considerados seguros para o uso em reatores. “Mas existem reatores no Canadá, por exemplo, que usam urânio natural, do jeito que saíram na mina. Mas são completamente diferentes dos reatores que temos no Brasil”, explicou Fernando. (Sara Oliveira)
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