Prefeitura interdita praias no Espírito Santo por causa de lama
As principais praias de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas para banho e também para pesca devido ao aumento da turbidez da água
No auge da temporada de verão, as principais praias de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas para banho e pesca devido ao aumento da turbidez da água. O problema, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, está associado à onda de rejeitos de minério que atingiu a região após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), em novembro. Nas avaliações realizadas nesta quarta-feira, 6, o índice de turbidez, ou seja, de partículas em suspensão na água, aumentou quase 1.000% em relação ao registrado até domingo, 3.
Foram interditadas as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca. Com a medida, todos os cem quilômetros de costa de Linhares estão interditados -as praias de Regência, Comboios e Povoação já haviam sido interditadas em 22 de novembro, quando a onda de lama alcançou a foz do rio Doce.
O secretário de Meio Ambiente de Linhares, Rodrigo Paneto, afirma que aplicou o princípio da precaução.
“Eu não deixaria meus filhos mergulharem nessa água. Se não acho seguro para minha família, por que arriscaria a família dos outros?”, questiona. De acordo com o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), que faz o trabalho de monitoramento, atualmente a mancha de lama ocupa uma área de 66,6 km². No momento mais crítico, no fim de dezembro, chegou a se estender por 168 km².
Em nota, a Samarco disse que laudos atestam que os rejeitos não oferecem riscos à saúde humana e ao ambiente e que “já iniciou o diálogo com o poder público estadual e a área de turismo”.
Lama em Abrolhos
Imagens de satélite e inspeções aéreas apontaram que a mancha de lama que surgiu após o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, pode ter chegado ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, uma das áreas de maior diversidade de corais do Atlântico. A informação foi divulgada ontem pelo Ibama e ICMBio, que mantém o parque marinho.
Segundo a presidente do Ibama, Marilene Ramos, ventos fortes registrados nos últimos dois dias fizeram com que a mancha que vinha se espalhando na direção sul do litoral do Espírito Santo passasse a se espalhar também no litoral norte, chegando ao sul da Bahia.
As informações são de responsabilidade do autor:
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