O POVO


Revolução

Internet: O que mudou em 25 anos?

24/08/2016 | 19:56

Pagar contas, conversar com colegas de trabalhos e famílias por meio de aplicativos, pedir um táxi pelo celular, acompanhar as principais notícias por meio dos portais só são possíveis graças a internet. A tecnologia tornou-se ferramenta indispensável por estar presente em quase todas as ações do dia a dia. Hoje, fica difícil até pensar em trabalhar, estudar ou até mesmo se divertir sem internet. Isso deve-se à revolução que ela trouxe para o estilo de vida das pessoas. E nesta terça-feira, 23, foi comemorado os 25 anos da internet como conhecemos hoje.

O trio World Wide Web (WWW), que permite o acesso a diversos sites do mundo inteiro, foi inventado pelo cientista britânico Tim Berners-Lee em 1989. Inicialmente, a ideia estava restrita apenas para as universidades em que pesquisadores e cientistas trocavam informações acadêmicas com mais rapidez. Em 1991, foi criado o primeiro site com o WWW e rapidamente surgiram outros endereços eletrônicos iguais aos de hoje. Quatro anos mais tarde, esse modelo de comunicação foi aberta para o uso doméstico.  

E por ser fruto dessa tecnologia, a empresa Facebook homenageou, nesta terça-feira, 23, os responsáveis pelo invento. Com o título “Celebrando 25 anos de Conectar Pessoas”, a rede social comemorou o marco tecnológico. “A web foi aberta ao mundo há 25 anos hoje! Nós agradecemos os Sir Tim Berners-Lee e outros pioneiros da internet por tornarem o mundo mais aberto e conectado”, publicou. A imagem pode ser vista no feed de notícias do perfil dos usuários ou pela página especial dedicada à data.

 

Novos hábitos
E não foram só as formas de consumir e as de prestação de serviços que mudaram com a internet. As relações interpessoais também sofreram modificações. Com a possibilidade de acessar conteúdos e sites pelos smartphones, as pessoas passaram a depender cada vez mais das redes de conexão. A necessidade é tanta que a falta dela pode causar até estresse pela incapacidade de realizar tarefas diárias sem a internet.
 
Para a professora de psicologia da Universidade de Fortaleza, Patrícia Passos, estar sempre conectado diminuiu o limite entre o público e o privado, principalmente com o surgimento de aplicativos que facilitam a comunicação e a transferência de arquivos. “Antigamente, você trabalhava oito horas por dia e quando você saía da empresa, o trabalho estava terminado. Hoje, não. Às vezes, no momento de lazer ou de família a gente é subtraído pelas exigências da profissão”, ressaltou em entrevista ao O POVO Online.

Além disso, a professora ressalta a diferença entre o comportamento da geração Y ou geração da internet (pessoas nascidas após os anos 80)com as gerações anteriores. Esses jovens possuem, de um modo geral, um raciocínio mais rápido e exigem resultados e conquistas a curto prazo do que os mais velhos. O ganho de tempo conquistado por essas tecnologias, que utilizam a internet, acelerou o estilo de vida dessas pessoas.

 

“Há uma urgência muito grande. E a geração Y foi altamente afetada por essa tecnologia e também é uma geração que há uma intolerância muito grande à frustração. Eles não aceitam um ‘não’, pois virtualmente tudo pode. E aí, fica difícil definir os limites necessários para viver em sociedade. O tempo de amadurecimento é perdido porque tudo se pode ser agora”, concluiu.

Reprodução/Facebook
A rede social, Facebook, homenageou os responsáveis pelo invento nesta terça-feira