16/08/2016 - 13h51

Fabiana Murer falha e está fora da final do salto com vara

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A brasileira Fabiana Murer não conseguiu se classificar para a final do salto com vara dos Jogos Olímpicos Rio-2016, ao falhar nas três tentativas de superar os 4,55 metros na fase de classificação nesta terça-feira.
A campeã mundial em Daegu-2011 e vice em Pequim-2015 soma, assim, três participações frustrantes em Jogos Olímpicos.
Nos Jogos de Londres-2012, surpreendeu ao ser eliminada nas classificatórias, com um salto de apenas 4,50 metros, quando sua melhor marca até então era 4,85. Naquele dia, o vento forte a atrapalhou muito, revelou depois.
Quatro anos antes, nos Jogos de Pequim-2008, ficou em décimo lugar na final, depois que uma de suas varas sumiu durante a competição.
Na manhã desta terça-feira, na fase de classificação, a brasileira de 35 anos optou por começar a saltar a partir de 4,55 metros, e não dos 4,15 m iniciais.
Murer falhou nas três tentativas e não conseguiu concretizar o sonho de conquistar uma medalha olímpica dentro de casa. Ela ficou inclusive atrás da outra brasileira da prova, Joana Costa, que saltou 4,15 metros, mas não conseguiu superar a marca de 4,30 m e também foi eliminada.
Durante a etapa de Mônaco da Liga Diamante, em julho passado, ela sentiu uma dor muito forte, e semanas depois foi diagnosticada com uma hérnia de disco cervical.
"Acabei de sair de uma prova muito complicada, passei um mês muito difícil, desde que eu descobri que estava com uma hérnia de disco cervical, que tira a força dos braços, das costas e não me deixou treinar do jeito que eu poderia treinar para chegar bem na Olimpíada", afirmou.
"Foi um mês muito intenso, de muito treinamento, tratamento, acreditando que seria possível chegar 100% na Olimpíada, batalhar para estar na final", completou atleta.
Murer confirmou que 2016 é o último ano de sua carreira.
"Este é meu último ano mesmo, foi a minha última Olimpíada. Acabei de sair da pista e ainda estou tentando... não pensei em nada ainda, só estou pensando no momento".
A brasileira disse que foi convidada para a última etapa da Diamond League em Bruxelas, mas sua participação depende da recuperação da hérnia.
"É até difícil de explicar para quem nunca teve hérnia, eu não sabia o que era isso, só sentindo mesmo para ver como é problemático ter uma hérnia. Dói muito no começo, mas depois a dor passa, mas continua a falta de força, o braço não funciona da mesma forma, falha algumas vezes. É muito estranho e difícil de explicar".
Ao ser questionada sobre qual Olimpíada teria sido mais triste, ela não conseguiu evitar as lágrimas.
"Não tem como medir, as três foram muito difíceis, as três eu entrei para fazer o meu melhor, para buscar a final, para buscar a medalha e, infelizmente, em nenhuma destas acabou dando certo, mas eu consegui muitas outras coisas na minha carreira, quatro medalhas de Mundiais, vários recordes...", disse, ainda abalada.
O resultado é ainda mais decepcionante porque a atleta chegou aos Jogos do Rio depois de ter conseguido sua melhor marca pessoal há um mês e meio, quando saltou 4,87 metros no Troféu Brasil de Atletismo.
Os 4,87 metros colocavam Murer como a atleta com a segunda melhor marca da temporada, superada apenas pela americana Sandi Morris (4,93 m). Com esse registro, ela ultrapassou em dois centímetros seu recorde sul-americano na especialidade, que havia alcançado em 2010.
E a expectativa sobre Fabiana era ainda maior depois do resultado histórico de Thiago Braz na segunda-feira à noite.
O jovem de 22 anos surpreendeu ao conquistar a medalha de ouro no salto com vara dos Jogos do Rio com a impressionante marca de 6,03 metros, novo recorde olímpico.
O ouro veio depois de uma disputa antológica com o grande favorito da prova, o francês Renaud Lavillenie, campeão olímpico de Londres-2012 e recordista mundial .
Fabiana Murer também falou sobre como espera ser lembrada no futuro.
"Acho que quem acompanha minha carreira sabe tudo o que eu passei, o que eu conquistei, como foi difícil. Tinha muita gente aqui torcendo por mim".
"Vou ser lembrada pelos bons resultados que eu tive", completou.
"Este é meu último ano e, quando eu penso em toda minha carreira, em tudo o que eu fiz, eu fico muito emocionada de pensar em tudo o que eu conquistei", concluiu.

fp/am

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