poesia 14/08/2017 - 14h36

Espetáculo da vida

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 Espetáculo da vida
 
 Gabriel Ataíde
 
Esse som... Esse ar;
essa dor, esse amor...
São rimas infinitas...
embaraços cegos da
minha própria escrita.
Nada restou, só as
palavras ficaram, 
como sempre
entre mim e o véu do
imemoriável desejo de
ser o que não sou.
Meu Deus, que faço
nesse absurdo,
nesse teatro?
Que é essa poça?
Essa cidade, Adamantina,
que é esse buraco?
Que são essas coisas todas?
Socorro.
Grito e gritam, 
ninguém se ouve,
ninguém me ouve.
A solidão e a morte
são duas coisas parecidas.
Devem ser irmãs. Jovens,
robustas. A vida deve ser
grisalha, triste e melancólica.
A esperança está na porta.
Não ouso abri-la. 
Não ouso fecha-la.
Meu nome será esquecido.
Junto ao teu. Adeus.
Começou de novo a peça.
A mesma peça de antes.
Que acontecerá no espetáculo?

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