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DETERMINAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL 19/07/2016 - 21h07

Por tratamento de calazar, veterinárias têm o exercício profissional suspenso

Ana Karinne Paiva e Fátima Ferreira deverão ficar dois meses sem poder atender animais. Ainda cabe recurso judicial
notícia 3 comentários

O exercício profissional das veterinária Ana Karinne Paiva e Fátima Ferreira foi suspenso por dois meses. A decisão foi tomada em plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE) como resultado do processo envolvendo as duas no tratamento de animais diagnosticados com leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. A ação é proibida por legislação federal.

O procedimento indicado é o sacrifício, sob a justificativa de que os animais infectados funcionam como reservatório da doença transmitida pelo mosquito-palha. O calazar não tem cura em animais. O POVO apresentou o caso na edição desta terça-feira, 19.

“Nós fazemos um julgamento desse com um constrangimento muito grande, já que são colegas profissionais, mas temos uma responsabilidade com a sociedade”, comentou Célio Pires Garcia, presidente do CRMV-CE. Segundo ele, o tratamento “trata os sintomas, mas não elimina a doença”.

Ana Karinne informou que não há provas de que ela tenha realizado o tratamento de animais com a doença. Segundo a médica, ela assinou um documento esclarecendo o tutor de um cão da raça chow-chow, em Beberibe, sobre a existência de tratamento da doença e não determinando procedimento clínico.
 
“Existem maneiras de tratar já utilizadas em outros países, inclusive. O que fiz foi informar que o sacrifício não era a única alternativa”, esclarece. “Nunca avaliei clinicamente o animal em questão”, defende-se.

Entidades de defesa dos animais se manifestaram contra a condenação das veterinárias. Pelo Facebook, o Abrigo São Lázaro afirmou que o “sentimento é de indignação e impotência”. A advogada Águida Sá, da ONG Anjo de Proteção Animal (APA), também se posicionou contra a medida. “Eu acho um equívoco. Não aceitamos sacrificar um animal que pode ser tratado”, disse.
 
Redação O POVO Online 

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Arlete Cardoso 20/07/2016 09:54
Dra Karine está pagando o preço por cumprir o juramento que fez em sua formatura. Esse é o preço que se paga por fazer o bem e ir contra a profissionais que só visam o lucro e pouco se importam com os animais abandonados ou com os donos que possuem poucos recursos.
eneida ferraz 20/07/2016 09:09
Nós protetores dos animais repudiamos essa atitude do conselho.A Dra Ana Karinne presta um grande serviço aos animais resgatados de abandonos e se dedica como prometeu em seu juramento ao formar-se q é proteger e salvar suas vidas.
Hilario Torquato 20/07/2016 08:07
Não existe a cura é bem verdade, porém, existe remedios para a não proliferação da doença. Se o sacrificio tivesse o condão de acabar com a doença, seria o caso do sacrificio dos portadores de HIV, PARALISIA INFANTIL?
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