Com a fuga de dez adolescentes do Centro Educacional São Miguel, no Passaré, subiu para 262 o número de adolescentes que já fugiram de centros do sistema socioeducativo do Ceará, até o momento, em 2016. A quantidade supera os levantamentos de anos anteriores, como 2014 e 2015, quando aproximadamente 150 e 210 jovens fugiram, respectivamente. Os levantamentos são do juiz titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes.
A crise no sistema socioeducativo do Estado agravou-se nos últimos dois anos. Entre casos marcantes dos últimos seis meses, após a passagem de uma comissão especial formada pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) com outros órgãos pelo Ceará, estão as rebeliões dos Centros Educacionais São Francisco e São Miguel, em Fortaleza, quando um adolescente morreu depois de ter sido baleado e as unidades ficaram totalmente destruídas, em novembro passado.
"O Estado está tentando desde o ano passado conter esta situação, mas, até agora, as medidas que foram tomadas não tiveram impacto. Os centros estão com problemas gravíssimos", comentou o magistrado em entrevista ao O POVO Online. O número divulgado pelo juiz equivale à fuga de quase dois adolescentes por dia.
De acordo com o magistrado, que visita regularmente os centros, atualmente, nenhuma das sete unidades de Fortaleza para internação de jovens do sexo masculino funciona de forma adequada. Entre falhas no sistema, o juiz cita a falta de atividades educacionais e esportivas regulares, a mistura de perfis em todos os centros e as superlotações.
"A maioria não está nem perto do que deveria ser. Se resume a internação, é como uma prisão. Em um ou outro, como o Canindezinho, estava tendo atividades, mas ocorreram vários incidentes no último mês, que comprometeram a unidade. Adolescentes que se envolveram em rebeliões em outros centros foram transferidos para lá e teriam promovido a primeira rebelião há alguns meses", disse Clístenes. Na manhã desta sexta-feira, 20, mais uma rebelião foi registrada no Centro Socioeducativo do Canindezinho.
O POVO visitou centros educacionais e mostrou, no ínicio deste mês, o cotidiano da crise do sistema socioeducativo. No Centro Educacional São Francisco, no Passaré, há espaços que até o diretor da unidade, Jamerson Simões, e o próprio juiz Manuel Clístenes temem entrar.
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