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Atualizada às 19h36min
Foram registrados até agora 16 casos de microcefalia no Estado somente neste ano, de acordo com nota técnica divulgada hoje pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). O número é maior do que o apresentado pela pasta na última sexta-feira, 13, quando seriam três o total de recém-nascidos com a anomalia no Estado.
Segundo o documento, o número se refere aos pacientes que foram informados como acometidos pela doença. Todos eles, no entanto, devem ainda ser avaliados posteriormente para saber se atendem às definições estabelecidas da anomalia.
Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde também hoje, seriam nove os casos de microcefalia no Estado. O Ceará é um dos sete estados do Nordeste em que foram registrados casos da doença. Pernambuco é o estado com o maior aumento de diagnósticos - foram 268 pacientes notificados apenas este ano.
Na primeira nota técnica divulgada pela Sesa, a pasta informou que os casos registrados no Ceará não estariam fora do padrão ao longo dos anos. No entanto, com a atualização dos números, o cenário pode mudar. Se os 16 casos forem confirmados pela secretaria, o número de recém-nascidos com microcefalia passa a ser o maior registrado desde 2010.
De acordo com o Ministério da Saúde, as notificações de microcefalia no Ceará ao longo dos anos foram da seguinte maneira: 8 em 2010; 4 em 2011; 9 em 2012; 5 em 2013 e 7 em 2014.
Na nota técnica, a Sesa afirma que está coordenando investigação nas unidades de saúde e domicílios dos pacientes “no intuito de consolidar informações para descrição do evento” e “avaliar fatores potencialmente associados a esta alteração”. Conforme a secretaria, os resultados preliminares serão divulgados à medida em que forem finalizados.
A pasta orienta ainda que todas as unidades de saúde que realizam partos devem buscar nos prontuários a ocorrência de casos de microcefalia a partir de agosto deste ano. As unidades devem ainda conferir em cada prontuário o Registro da Circunferência Cefálica e registrar os casos identificados.
Nordeste
Este ano, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste. Pernambuco foi o primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro.
Equipes do Ministério da Saúde acompanham as investigações dos casos de modo integrado com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais.
A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.
Pelo levantamento do Ministério da Saúde, Pernambuco lidera o número de casos, com 268 pacientes investigados. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), e Bahia (8).
Causa
De acordo com o ministério, ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete estados nordestinos. Durante a investigação dos casos, foi constatado a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. Apesar disso, o ministério diz que ainda não é possível correlacionar, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia.
Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Este é um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Conforme o Ministério da Saúde, o fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.
Redação O POVO Online
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