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Atualizada às 17h13min
Os internos dos Centros Educacionais São Francisco e São Miguel - aproximadamente 350 adolescentes - iniciaram uma rebelião por volta das 10h desta sexta-feira, 6, no bairro Passaré, em Fortaleza.
O motim teria sido iniciado por um grupo de internos do São Francisco, que conseguiu sair do local e acessar o São Miguel, gerando tumulto nas duas unidades. As instituições ficam separadas apenas por uma parede.
A Polícia Militar foi acionada, mas segundo informou o juiz titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes, os policiais chegaram ao meio-dia, duas horas após o início da rebelião. Não há informações de fuga.
Conforme o juiz, os dois centros ficaram completamente destruídos, após a ação. Internos atearam fogo em colchões, eletrodomésticos e quebraram os objetos que não podiam ser queimados nas duas unidades. Os adolescentes ainda teriam jogado pedras e telhas contra a vizinhança, obrigando até mesmo os condutores que trafegavam na rua a fazerem desvios.
"Lá virou um 'palco de guerra', literalmente. Pelo menos dois adolescentes foram baleados, um com certa gravidade, e alguns orientadores tiveram ferimentos leves", conta o juiz, que ressalta ainda que esta pode ser a maior rebelião deste ano, considerando o número de internos envolvidos.
O balanço preliminar do juiz é de que, com estas rebeliões, o número de motins nos centros educacionais chegue a 40, em 2015. "Ou até mais, porque tem as rebeliões que não são divulgadas", frisa.
Crise do sistema
Na semana passada, adolescentes do Centro Socioeducativo Passaré realizaram uma rebelião, em que 19 internos conseguiram fugir. A crise do sistema socioeducativo ficou mais evidente em outubro, quando mais de dez conflitos foram registrados em apenas cinco dias, segundo levantamento do Cedeca.
O juiz Clístenes atribui a grande quantidade de rebeliões no Estado a uma "desintegração" do sistema socioeducativo no Estado. "Pelas minhas contas, nos últimos 20 dias, ocorreram 14 ou 15 incidentes. Há uns quatro anos venho alertando que o sistema precisava de reformas urgentes. O Estado não tomou essas providências e quando resolveu tomar, já estava tarde", critica.
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