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O tenente-coronel da reserva da Polícia Militar Francisco Horácio Marques Gondim, que foi comandante do extinto Comando de Operações Especiais (Coe), nos anos 70 e 80, comentou sobre a morte do sargento João Augusto da Silva Filho, conhecido como Joãozinho Catanã. O crime ocorreu nesta sexta-feira, 28, em frente a residência da vítima, no bairro Autran Nunes.
Coronel Gondim trabalhou com o sargento morto hoje, 28. Ele lamentou a perda do militar, que estava na reserva.
"Lamento e a sociedade também. Ele não fez nada de sujeira, matou bandidos. Muita coisa (processos que o policial respondia) não tinha sido ele. A sociedade deve estar chorando pela morte dele. Ele não participava de milícia, o que ele fazia era uma assepsia social", comentou.
Ainda conforme o coronel Gondim, o sargento era disciplinado na época em que trabalharam juntos. Catanã teria atuado no 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) em um período que avalia ser maior que 10 anos.
Sobre o caso, ele explica que dois traficantes juraram o sargento de morte. E que o militar só não foi a procura dos homens porque estava com uma tornozeleira eletrônica, por ainda estar cumprindo pena por condenação de homicídios. O ex-comandante do Coe ainda relata que a maioria dos policiais gostava dele e que deve haver uma 'revanche'.
O caso
O sargento da Polícia Militar (PM) João Augusto da Silva Filho, conhecido como Joãozinho Catanã morreu no Instituto Doutor José Frota (IJF). Ele levou sete tiros em frente a própria residência no bairro Autran Nunes.
Os suspeitos do crime são dois homens disfarçados de entregadores de panfletos, informa o tenente-coronel Nascimento, responsável pela Área Integrada de Segurança 2 (AIS 2).
Histórico do sargento
Em agosto de 2012, o sargento foi condenado a oito anos de prisão pela morte de Joacir Nogueira de Sousa, ocorrida em junho de 1993. Em 2009, ele foi pegou 20 anos pela morte de Lucivando Borges de Queiroz, ocorrida em 2007, tendo sido sentenciado também por formação de quadrilha.
Além dessas mortes, Catanã é suspeito de outros assassinatos, que teriam sido cometidos pela empresa de vigilância clandestina que ele mantinha. Em 2010, ele foi considerado inimputável penalmente. Os advogados deles argumentaram que Catanã sofre de esquizofrenia paranóica, demonstrada em exames.
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