O Ceará precisa não registrar nenhum caso de sarampo pelos próximos três meses. Caso isso não aconteça, o Estado pode tirar das Américas o status de área livre do vírus da doença. A informação foi repassada na manhã desta terça-feira, 20, na reunião entre consultores da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde.
Eles estão em Fortaleza desde segunda-feira, 19, para acompanhar, reforçar e apoiar os municípios nas ações de controle da doença. O secretário da Saúde do Estado, Carlile Lavor, participou do encontro com os secretários Socorro Martins (Fortaleza) e Deuzinho Filho (Caucaia).
O Ceará está com 674 casos confirmados de sarampo em 28 municípios no período de dezembro de 2013 a janeiro de 2015. O último caso confirmado foi em Caucaia, no último dia 5. Na Capital, a última confirmação foi em 31 de dezembro.
Em Fortaleza, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), os casos confirmados estão mais concentrados nas regionais II, com destaque para a Praia do Futuro, e V, principalmente no Bom Jardim. No Estado, 16 mil agentes de saúde foram mobilizados. Em Fortaleza, são 2.600.
Há 45 casos em investigação em apenas quatro municípios (Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Aquiraz) somente no período de 30 de dezembro de 2014 a 12 de janeiro de 2015. Dos 674 casos confirmados, 121 são em crianças com menos de 1 ano.
O encontro teve com objetivo intensificar a mobilização dos gestores e profissionais da saúde e toda a população para a partir da vacina, a única forma de prevenir o sarampo, interromper o surto da doença.
Os organismos internacionais de saúde estabelecem o prazo de 90 dias sem nenhum registro de caso em relação a data do último caso confirmado para considerar o surto encerrado. Antes de dezembro de 2013, o Ceará estava há 15 anos sem registro de caso de sarampo.
Redação O POVO Online
com informações da repórter Luana Severo
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