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Nesta quarta-feira, 19, dia de jogo entre Brasil e México pela Copa das Confederações, uma série de protestos foi registrada em Fortaleza. A concentração ocorreu no supermercado Makro, por volta das 10 horas da manhã, e os grupos se dirigiram para as avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha. Bloqueios foram montados pela polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e gás para dispersar os manifestantes. Novas manifestações estão sendo marcadas em Fortaleza, via Facebook, para a quinta-feira, 20, e a sexta-feira, 21.
A BR-116 também foi ocupada. Uma loja de conveniência (Posto BR) foi saqueada. Alimentos e bebidas - inclusive cerveja - foram levados pelos vândalos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), participaram dos protestos em Fortaleza entre 80 mil e 100 mil pessoas.
O jornalista Pedro Rocha, que fazia cobertura para o Comitê Popular da Copa, foi atingido no olho por uma bala de borracha.
Três pessoas foram detidas nesta quarta-feira, 19. Segundo a delegada Marília Fernandes, titular do 16º Distrito Policial, a apreensão ocorreu com base no Artigo 286 do Código Penal (incitar, publicamente, a prática de crime), pois eles estavam insuflando a população a jogar pedras nos policiais. Os três assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.
Manifestantes fazem ato em Fortaleza Manifestantes são dispersados da avenida Paulino Rocha pela PolíciaEm vídeos, cenas de manifestação pacífica, vandalismo e ação violenta da PolíciaImagens: Manifestação na Copa das Confederações
O ápice dos protestos foi registrado na avenida Paulino Rocha. A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo na direção dos manifestantes, que começam a recuar. Alguns objetos de plástico foram utilizados pela manifestação para fazer fogo; pedras foram atiradas na direção do Batalhão de Choque. Um carro dos bombeiros esteve na avenida para apagar os pontos de incêndio. Moradores de locais próximos ao Castelão, no entorno do rio Cocó, dentro da área de segurança definida pela Polícia, estavam reunidos próximo a suas casas e foram dispersados com bombas de gás.
Redação O POVO Online
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