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Atualizada às 18h02min
O pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o Mainha, de 55 anos, foi encontrado morto no início da tarde desta terça-feira, 4, no município de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza. Dados preliminares dão conta de que a vítima foi executada por volta das 13h.
O momento da execução
Mainha teria sido alvejado enquanto andava montado sobre um burro. Ele teria uma vacaria na cidade. No momento do crime, o pistoleiro calçava botas, vestia calça jeans e camisa azul, de botão. De acordo com a perícia, ele não portava arma.
"Justiceiro"
Natural da região Jaguaribana, Mainha era um dos mais conhecidos pistoleiros do País. Ele teria matado pelo menos cem pessoas em vários estados do Nordeste, e cumpria pena em regime semiaberto. Em 1994, durante rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), ganhou destaque ao conseguir resgatar e salvar a vida de Dom Aloísio Lorscheider, que havia sido feito refém por outros detentos.
Mainha havia sido preso pela última vez em 6 de maio de 2010, quando foi abordado em uma blitz no município de Maracanaú. Na ocasião, ele foi detido por porte ilegal de arma, mas acabou sendo liberado em seguido. Há quatro anos morava em Maranguape.
"Mainha não se dizia pistoleiro", narra o professor Ricardo Arruda, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), que entrevistou Mainha e mais de 100 pistoleiros, de várias regiões do Ceará. Na boca do criminoso, as palavras as quais se identificava eram justiceiro, vingador. "Ele dizia: 'Só matei por questão de família ou para defender um amigo, um parente. Para fazer justiça'".
>>Leia mais sobre este assunto no O POVO desta quarta-feira.
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