O serviço de transporte particular por aplicativo Uber começa a operar em Fortaleza nesta sexta, 29, a partir das 14 horas. Para usar um carro do Uber, basta baixar o app, cadastrar um cartão de crédito e seguir os passos para chamar o motorista.
Os preços são cobrados por quilômetro rodado. A chamada (equivalente à bandeirada) - quando o cliente aciona o motorista - é de R$ 2,50. “O preço por quilômetro é de R$ 1,20. Por minuto, R$ 0,20. E o total mínimo de uma viagem vai ser de R$ 6”, destaca Letícia Mazon, gerente de comunicação do Uber no Brasil. Caso o cliente cancele a corrida em um prazo de cinco minutos, não será pago nenhum valor. Mas, ao exceder o limite, a taxa de cancelamento é R$ 5.
Os valores são inferiores aos cobrados pelo serviço de táxi regulamentado pela Prefeitura de Fortaleza. A partida no táxi comum custa R$ 4,76, enquanto o quilômetro rodado na bandeira 1 sai por R$ 2,38 e na bandeira 2 custa R$ 3,57. A economia do Uber, chega a ser, em média, 35% na bandeira 1 e 50% com a bandeira 2.
O tempo de espera do aplicativo, em regiões que possuem o serviço consolidado, varia entre 4,5 e 5 minutos. Em Fortaleza, esse parâmetro pode ser excedido. “Pode ser maior que isso. Especialmente nos primeiros dias. Tem gente que vai testar por curiosidade e os parceiros que estão descobrindo a plataforma, mas tende a equalizar e chegar aos cinco minutos”.
A categoria do Uber em Fortaleza será a X. Nela entram carros hatches e sedãs convencionais. “Não é obrigatório ser um carro de luxo. Os veículos são compactos e acessíveis”, afirma Letícia. É obrigatório que o automóvel tenha sido fabricado de 2008 em diante, que possua quatro portas e ar-condicionado. A categoria Black, com carros premium e que operam em mercados como Rio de Janeiro e São Paulo, não tem previsão para operar em Fortaleza. “Não queremos canibalizar o serviço com outra categoria. Não há perspectiva”.
Critérios
Para se cadastrar como motorista é necessário ter carteira de habilitação profissional e as certidões de antecedentes criminais das esferas estadual e federal. Também é necessário estar com o IPVA em ordem, o seguro para o automóvel e outro para passageiros (seguro especial conhecido como APP) no valor de R$ 50 mil. O motorista não paga para se cadastrar. “O parceiro fica com 75% de toda a viagem. 25% vai para o Uber. Ele não paga se não estiver rodando”, ressalta Letícia.
A porta-voz do Uber explica que a concorrência não se dá com o taxista, mas sim com o próprio transporte particular. “Não roubamos mercado do táxi. Aumentamos o mercado de pessoas que estão escolhendo andar de carro”, finaliza.
Reações no Brasil têm sido violentas
Onde a Uber chega, há reações negativas dos taxistas. Nesta última quarta, taxistas de São Paulo protestaram contra o serviço, com apoio do Rio de Janeiro e Curitiba.
No começo de abril, uma confusão entre taxistas e motoristas do Uber terminou na delegacia em Campinas. O que tem sido mais recorrente é taxistas identificarem os motoristas e tomarem alguma atitude, seja parar o carro, agredir verbalmente, fisicamente ou intimidar.
Em Recife, está havendo muitos casos de agressão. Um relatório de um publicitário apontou, pelo menos, nove agressões em um final de semana. Em Porto Alegre, enquanto tramita o projeto de regulamentação, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já apreendeu mais de 40 carros do Uber até o início do mês.
“Tende a ter cada vez menos impasse nas ruas, quando esse assunto é pacificado juridicamente e legalmente”, disse Letícia Mazon, porta-voz do app. (Andreh Jonathas)
Se Uber não é táxi, é o quê?
Até então, o Uber tem sido colocado como um negócio chamado disruptivo, ou seja, que quebra com os padrões da economia tradicional. Enquadra-se na economia do compartilhamento (sharing economy), já que não possui ativos físicos, apenas intermedia o serviço por meio de um aplicativo móvel.
Em São Paulo, está próximo de ser regulamentado. Nos outros estados, revesa entre proibição e liberação, enquanto não é enquadrado em alguma lei.
O Uber não se encaixa em nenhuma legislação existente. Até então, o transporte de passageiros era feito pelo sistema de táxi, que passa por concessão, fiscalização e uma série de tributos. À parte o criticado serviço de táxi, se o Uber não é táxi, como vem argumentando, é o quê? Uber vem dizendo ser um serviço de “carona” ou “transporte particular”.
Conforme a porta-voz do Uber, Letícia Mazon, o serviço é respaldado pela política nacional de mobilidade urbana, que define o transporte público e privado das cidades. “Buscamos sempre a legalidade. Não tem uma regulamentação para o transporte privado. Não temos um projeto pronto. Queremos conversar com a cidade para ver o que faz sentido para ela”. (Andreh Jonathas)
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