[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Uma guerra nada santa contra Marina | O POVO
Fábio Campos 07/09/2014

Uma guerra nada santa contra Marina

notícia 14 comentários
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Fábio Campos fabiocampos@opovo.com.br
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Entende-se por guerra total a mobilização bélica radical cujo objetivo não é apenas derrotar o adversário, mais sim levá-lo ao extermínio. Em política, este tipo de guerra busca, além da vitória, o extermínio moral e psicológico do adversário. Não se faz distinções éticas e morais para se atingir a meta estabelecida. Há evidentes sinais de que a guerra total foi decretada para eliminar Marina Silva.

 

Um das mais claras sinalizações é a tentativa de pregar na ex-senadora e ex-ministra do PT a pecha de “homofóbica”. Isso, mesmo que não haja um reles fato que sustente a condenação e mesmo que seu programa de Governo diga exatamente o oposto. Quem acompanha de perto a política, sabe bem como este tipo de movimento se evidencia. Hoje, o campo de batalha se dá na guerrilha suja dos soldados “fakes” que se postam nas redes sociais.


Nessa mesma guerrilha, cobra-se da candidata uma posição sobre o matrimônio gay, mesmo que já seja fato pacificado por decisão do Supremo. Curiosamente, essa cobrança não é dirigida nem à Dilma Rousseff e nem ao Aécio Neves. O objetivo é impor à Marina uma agenda para colocá-la em confronto com um setor influente do eleitorado.


O mesmo movimento de ataque ocorre em várias outras frentes. Ler a Bíblia, ora vejam, passou a ser apontado como um problema. Como se, uma vez presidente, Marina fosse buscar no livro a resposta para a compra ou não de, por exemplo, aviões de guerra. Além do preconceito religioso, aí há uma esperteza: passar a ideia de que a candidata é uma fanática obscurantista.


Agora, acabar de surgir uma mobilização sindical, obviamente relacionada ao PT, que programa fazer manifestações a favor do pré-sal. Algo tipo “o pré-sal é nosso”. Como o programa de Marina dedicou poucas palavras a essa fonte de petróleo, a ideia é martelar que Marina é contra o pré-sal, mesmo que não seja. Percebem?


Não importa a verdade. O que importa é fazer desmoronar a concorrência. Novas ondas serão criadas artificialmente. A guerra será longa. O segundo turno já começou. A oponente de Dilma não tem estrutura partidária, não tem tempo de TV e não tem militância ativa para se contrapor com desenvoltura aos duros ataques que estão sendo e serão desferidos.


NOMES AOS BOIS
Na noite da última sexta-feira, explodiu na tela dos principais portais de informação eletrônica do País a notícia de que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teria citado em suas confissões (delação premiada) o nome de três partidos e de 62 políticos que estariam envolvidos nos milionários esquemas de corrupção da estatal. Seriam 12 senadores, 49 deputados federais e um governador. Os citados receberiam propina de 3% do valor dos contratos firmados entre a iniciativa privada e a Petrobras. É óbvio o potencial destrutivo para os políticos e partidos envolvidos caso venham a público mais detalhes acerca do depoimento. E é muito provável que assim ocorra. Certamente, muitos comitês entraram em estado de absoluta tensão.


O VIRTUOSO ITAMAR
A tal da “nova política” que vem sendo pregada por Marina Silva quer dizer o que? A princípio, o sentido do termo diz respeito às sempre muito complicadas e desgastantes relações entre o Governo Federal e o Congresso. Seria então preciso estabelecer uma relação profícua, acabando com o usual “toma lá, dá cá”. Por exemplo, trocas de apoio político por cargo, por dinheiro (Mensalão) ou por liberação de verbas do orçamento. Na verdade, a “nova política” seria uma cultura política não tão nova assim. É sempre bom lembrar que em seu período como presidente da República, o mineiro Itamar Franco não se rendeu à promiscuidade na relação com partidos e congressistas. Itamar enfrentou gente de peso como Antônio Carlos Magalhães, que era senador, sem se sujar e sem abrir mãos dos melhores princípios. Não foi à toa que os tucanos trataram de apagar a virtuosa passagem de Itamar pelo Palácio do Planalto.


GERAÇÃO ESPONTÂNEA
Caso Marina Silva consiga chegar ao segundo turno, já terá conseguido pelo menos iniciar uma linha que, a rigor, pode ser enquadrada como uma cultura política menos atrasada. Com apenas dois minutos no horário eleitoral do rádio e televisão, ficará provado que perderá o sentido usar mundos e fundos para atrair aliados e conquistar um latifúndio de tempo no palanque eletrônico. É fato: a cada eleição a audiência do horário gratuito vem caindo significativamente. Quanto mais se popularizar a TV por assinatura, menor será a audiência dos programas eleitorais. Com o tempo, a tendência é que esse tipo de propaganda, que não é gratuita e é paga pelo contribuinte, deixe de ter peso nas campanhas. A propósito, alguém já viu algum adesivo de Marina Silva?


ALVO A ABATER
Cid Gomes entrou pesado na guerra total para tentar desmontar Marina Silva. Não é à toa. As pesquisas internas da aliança Pros-PT vinham detectando forte crescimento da candidata também no Ceará. Nada que abalasse a folgada liderança de Dilma Rousseff no Estado, mas o suficiente para acender a luz de alerta. Afinal, ao contrário do que vem ocorrendo em outros estados, o sucesso das campanhas majoritárias da aliança governista no Ceará depende muito dos desempenhos locais dos concorrentes da disputa presidencial. Em Fortaleza, por exemplo,

Dilma tem 42% contra 26% de Marina, ainda com cinco pontos a menos que os 31% obtidos ao final da disputa de 2010. No âmbito do Estado, o placar é, segundo o Datafolha, mais folgado: 57 a 24.


NOVA FRENTE
A significativa queda na diferença entre Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT) já provocou mudanças na estratégia do horário eleitoral da aliança PT-Pros. Desde quinta-feira passada, as inserções governistas no palanque eletrônico passaram a priorizar a candidatura de Mauro Filho ao Senado. Ou seja, os índices de intenção de voto de Camilo avançaram bastante e, agora, a ordem é diminuir a diferença entre Mauro e Tasso Jereissati (PSDB). As imagens de Mauro ao lado da presidente Dilma durante visita ao Ceará serão largamente usadas. Já Tasso, não se apegará a nenhum nome nacional. Hoje, colar sua candidatura ao nome de Aécio Neves é o caminho mais fácil para a derrota.


NAS NUVENS
A seca que levou a uma grave crise de abastecimento de água em São Paulo promoveu a volta de uma velha tecnologia que, no passado, era dominada pelo Ceará. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de SP contratou uma empresa para a indução de chuvas sobre o Sistema Alto Tietê. Os paulistas usam o termo “semeadura de nuvens” para a técnica que aqui chamávamos de “nucleação artificial”. Em resumo, consiste no uso de um avião para lançar nas nuvens substâncias aglutinadoras que ajudam a formar gotas de chuva. No Ceará, o problema era o alto custos dos dois aviões mantidos pela Funceme e a falta de comprovação da eficácia da tecnologia. Na década de 90, um avião foi vendido e o outro doado à Uece. As nucleações são hoje apenas uma marca do passado de combate às secas no Ceará.

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JSProta 24/09/2014 08:15
E haja neguinho falar em stalinismo e coisas correlatas, sem entender bulhufas do que isto significa. Repetição pura e simples do ouve falar...
Dr. Mundico 11/09/2014 15:07
Apenas mais um exemplo do stalinismo petista que submete adversários a todo tipo de achincalhe e difamação.É a quadrilha petista querendo que todos lhe sejam semelhantes.Petista não tem ética e faz desse vácuo moral seu campo de ação.É nesse esgoto que o PT e seus capangas na mídia sobrevivem.
Advogado 11/09/2014 13:20
Mais uma vez o Tasso errou. Ganhar ou perder na política faz parte, não podemos é perder a nossa identidade. O PSDB deveria tr candidato próprio ao governo. O Ceará se tornou no atual governo Lula-Dilma e Cid um estado de pedintes, sem futuro e sem sonhos, um estado de miseráveis e viva o Bolsa.
Samuel Serafim 08/09/2014 15:17
Pelo visto o autor Paulo é totalmente alienado ao que a Bíblia prega e aos males que a religião ocasiona. Alienado é você Paulo.
Rafael de Vasconcelos 08/09/2014 13:09
Artigo totalmente tendencioso eim! Esqueceu de falar que falam oq falam dela, pq Marina propositadamente, fica só em cima do muro acerca de diversos assuntos! Candidata fraca, superficial, apoiada por banqueiros e economistas do PSDB, não é à toa que pensem que ela vai dar o pré-sal pros gringos!
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