Da vinícola à mesa
Para produzir um bom vinho é necessário passar por algumas etapas. Começando com a escolha do solo, passando pelo plantio, produção, engarrafamento, envelhecimento e venda. Quem pensa e coloca em prática todo esse processo é o enólogo. A profissão, embora antiga, só foi regulamentada em 2007 e o primeiro curso de bacharelado na área foi implantado em 2011, na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Coordenadora do curso de Enologia da Unipampa, Renata Sampaio Zocche, existem duas formações nessa área: a técnica e superior. “O grande diferencial são as disciplinas voltadas para o agronegócio, marketing, gerenciamento de vinícola, legislação, que capacitam o profissional a trabalhar em outras áreas além da produção e pesquisa da viticultura, que estuda as uvas, e enologia que aborda todos os aspectos do vinho”.%u018D
No Brasil existem poucas faculdades dedicadas à formação do Enólogo, entre elas o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no campus Bento Gonçalves; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, no campus Visconde da Graça, em Pelotas e Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão), em Petrolina, Pernambuco, que permitem a graduação em nível tecnológico.
Tradicionalmente e devido às condições climáticas favoráveis a produção de vinho, o Rio Grande do Sul ainda é o maior polo de atuação dos enólogos com grande demanda de profissionais. Mas, esse mercado ampliou os horizontes e instalou unidades de produção de vinho na região nordeste.
Nordeste
Atualmente, a região do Vale do São Francisco situada entre Pernambuco e Bahia é um dos importantes produtores vitivinícolas do país, responsável por produzir duas safras por ano.
Segundo o diretor social da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Christian Bernardi, o Brasil tem um grande potencial de crescimento na produção de vinhos devido aos diferentes tipos de clima e solo.“O Brasil apresenta um crescimento importante nessa área com o surgimento de novas regiões produtoras. Isso gerou demanda de profissionais no mercado”, afirma. (VANESSA FREITAS, ESPECIAL PARA O POVO)
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