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“É claro que nós temos mil deficiências, mil problemas, mas é uma experiência nesses dois últimos anos muito exitosa”, avalia o sociólogo Paulo Linhares sobre o Porto Iracema das Artes. À frente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), que gere também o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), o Centro Cultural Bom Jardim e a Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho, ele enfrenta grandes desafios no entorno do centro cultural e do Porto, conta com a já tradicional falta de recursos para a cultura, mas diz que os planos são de expansão do projeto.
Além da inclusão de novas linguagens nos laboratórios de criação, ele quer criar também um centro de formação em música erudita a partir de 2016, assim como articula maior exposição das produções feitas aqui em outros centros culturais do país e de fora. “A gente ainda é muito voltado pro umbigo. O Dragão vai ter uma política de reciprocidade, de se articular com São Paulo e Rio de Janeiro para promover mostras, vitrines da produção cultural cearense nesses principais mercados criativos. Isso está sendo planejado”, afirma Paulo.
Incluindo o Bom Jardim, através do centro cultural do bairro, haverá uma parceria com a rede Cuca, presente hoje na Barra do Ceará, no Jangurussu e no Mondubim. Um grande mapeamento dos grupos e artistas desses locais será uma das ações. Também serão levados a esses bairros laboratórios de iniciação artística no modelo dos laboratórios de criação executados no Porto. A diferença é que os tutores serão os próprios alunos dos projetos selecionados na escola.
Um festival de bandas e grupos de teatro também será realizado, com etapas preparatórias nos Cucas e encerramento no palco do CDMAC. Tudo previsto para o segundo semestre deste ano, conforme o diretor de ação cultural, João Wilson. De acordo com ele, os editais de ocupação do Dragão lançados em março já preveem ao menos uma apresentação dos artistas selecionados no Centro Cultural Bom Jardim.
A uma das principais críticas dirigidas ao Porto, quanto à circulação dos artistas e grupos por outras regiões da cidade e do alcance desses eixos formativos a um número maior de pessoas, Paulo Linhares é incisivo. “O Dragão não pode fazer toda a gestão de política cultural do Ceará”, ele diz, enfatizando que o IACC “não tem perna” nem o contrato de gestão com a Secretaria da Cultura do Estado permite esse alcance em vários locais de Fortaleza.
Sobre a falta de contrapartidas dos selecionados nos laboratórios, ele diz, enfático, que “política de cultura não é política de reparação social”. “Reparação social, quem quiser fazer, vá fazer na área social. Eu faço política de cultura, não tenho que reparar nada. Acho absurdo cobrar das políticas culturais reparações sociais. Sou contra esses contratos que dizem assim: ‘em contrapartida a um espetáculo você faz não sei o que, não sei o que social’. Pra que isso? A gente não está aqui pra fazer reparação social. Se a gente fizer cultura bem feita, a gente está fazendo mudança social muito mais veloz, com muito mais competência”, finaliza. (Raphaelle Batista)
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