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Parte do amadurecer é, aos poucos, se despir dos preconceitos. O cinema, em especial o hollywoodiano, é cheio deles: comédias devem ter tiro curto; os produtores seguram o corte final de filmes, tendo poder de decisão quase irrestrito; gente mais velha tende ao conservadorismo; galãs não sabem atuar. Eis que esses e muitos outros são minimamente desconstruídos por um dos maiores ícones do cinema norte-americano. Em O lobo de Wall Street, Martin Scorsese pega emprestado uma história dramática clássica de ascensão e queda e transforma o choro em riso histérico em uma das comédias mais debochadas de que se tem notícia.
Scorsese, 71, já podia descansar naquele pódio reservados aos grandes gênios da arte após filmar 32 longas – incluindo obras primas como Taxi Driver (1976) e Touro Indomável (1980). Em O lobo..., ele esbanja juventude ao rechear os 180 minutos de projeção com uma quantidade absurda de sexo, drogas e palavrões. Se nosso lado moralista se sente ultrajado ao ver cenas que vão da sensualidade à comédia pastelão na velocidade dos delírios do protagonista, nosso quê voyeur se delicia com o absurdo das situações.
Em uma atuação debochada ao extremo, Leonardo Di Caprio dá vida a Jordan Belfort, um ambicioso corretor da bolsa de valores que descobre um atalho para a fortuna. Di Caprio consegue equilibrar um trôpego drogado em cenas pastelão com uma invejável capacidade oratória em sátiras de seminários de autoajuda.
O Lobo de Wall Street é um respiro no cinema quadrado de Hollywood. Se Scorsese já é melhor do que a maioria em seus filmes “menos bons”, com seu melhor em 20 anos ele é insuperável.
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