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A coreógrafa Valéria Pinheiro administra há 13 anos o Teatro das Marias. O espaço, resistente numa Praia de Iracema cada vez mais despida de equipamentos culturais independentes, abriga cerca de 30 artistas e seus grupos. Em 2010, o projeto venceu o edital de Pontinhos de Cultura, pela Secultfor, e o prêmio possibilitou a oportunidade de formar um grupo de crianças e adolescentes do Grande Bom Jardim. Em 2011, eles estrearam o primeiro musical Ui, O Princípe, protagonizado por adolescentes que constituem o Grupo Gente q Pensa de teatro.
Mesmo após o fim do recurso, pago em parcela única de R$ 18 mil, o grupo continua em atividade e prepara a estreia para 2013 de seu novo espetáculo. “Mas é bem complicado, porque tem hora que passo dois meses sem ter como trazer as crianças para cá. Edital nada mais é do que uma ferramenta, estou repensando nossa própria política de continuidade, já que não temos uma nas esferas municipal, estadual, quiçá federal”, critica Valéria Pinheiro.
Valéria possui experiência no trato com editais e contratos com órgãos públicos, mas ela acredita que se a instituição financia um artista que não está apto ou não tem conhecimento de como ampliar esse recurso, ele acabará aplicando-o em necessidades imediatas, “sem que aquele recurso possa traçar uma trilha para o futuro”.
Na região da Grande Bela Vista, o Ponto Arte e Cultura Criatividade Popular mantém suas atividades como podem. Vencedores do I Edital de Seleção dos Pontos de Cultura, de 2008, financiado em contrapartida pela Secult, até agora o grupo não recebeu nenhuma das três parcelas de R$ 60 mil previstas no convênio.
“A gente já desenvolvia trabalho há mais de 30 anos na área de música, dança e o Ponto de Cultura veio fomentar ainda mais essas atividades. Uma das dificuldades que a gente observa é o atraso muito grande das parcelas. Você programa certas atividades e não pode executar corretamente porque às vezes o repasse leva mais de um ano para acontecer”, relata Gleison Oliveira, coordenador do Ponto.
Isso implica, afirma ele, numa desarticulação dos pontos de cultura de modo geral. “Uns recebem e começam a trabalhar; outros não recebem e não podem instalar o kit da Cultura Digital que nos permite estar conectados em rede virtual com outros pontos e isso gera essa desarticulação”, acredita.
O Ponto Arte e Cultura Criatividade Popular continua funcionando, mas de forma reduzida. “Contamos com apoio da comunidade, alguns pais e mães ajudam, um sabe tocar instrumento e se dispõe a vir até a entidade ensinar. Nada do que já não veio sendo feito antes de sermos contemplados”, finaliza. (Elisa Parente)
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