[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Mulheres e nordestinos à frente | Tendências | O POVO Online
AVANÇO 21/09/2012

Mulheres e nordestinos à frente

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O crescimento da classe média brasileira na última década está diretamente ligado ao avanço econômico de mulheres, negros e nordestinos, três grupos sociais que costumavam pontuar entre os campeões de desigualdade. É o que conclui o estudo Vozes da Classe Média.

 

Nos últimos 10 anos, a renda das mulheres brasileiras desta classe cresceu 76%. Em 2002, elas tiveram uma renda de R$ 150 bilhões. Já em 2012, a renda chegou a R$ 264,1 bilhões (no mesmo período, o crescimento de renda masculino foi de 47%).


Segundo o estudo, a melhora econômica para as mulheres se deu tanto na renda quanto na formalização do trabalho. O número de mulheres com carteira assinada aumentou 59% nos últimos dez anos.


“O aumento expressivo da renda da nova Classe Média foi possível influenciado positivamente pela ampliação da presença feminina no mercado de trabalho”, atesta Renato Meirelles, do instituto de pesquisa Data Popular.


Em relação ao Nordeste, o crescimento foi ainda maior. Enquanto a renda do brasileiro cresceu 57% entre 2002 e 2012, a do nordestino aumentou 123% ao longo deste período.


Hoje, o Nordeste responde por 22,2% da classe média brasileira. Só perde para o Sudeste, onde se concentram 46,1% das pessoas deste segmento social. O Sul do País desponta em terceiro lugar, com 16,4% dos brasileiros de classe média. Na sequência, vêm o Centro-Oeste (8,4%) e o Norte (6,9%).


O terceiro pilar deste crescimento é a população negra, cuja renda também avançou 123% na última década, de acordo com o levantamento do Data Popular (leia matéria nesta página).


A renda dos negros passou de R$ 158,1 bilhões em 2002 para R$ 352,9 bilhões em 2012.


Ao todo, a nova classe média tem uma massa de renda total de R$ 680 bilhões neste ano.

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