[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] O amor no centro | Política | O POVO Online
Dia dos namorados 12/06/2015

O amor no centro

Dalila Rodrigues e Pedro Matheus são adversários nos posicionamentos políticos. Aliás, são opostos em quase tudo. Menos no amor, respeito e tolerância um pelo outro. E, neste Dia dos Namorados, prevalece o amor
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Letícia Alves leticiaalves@opovo.com.br
SARA MAIA
Apesar das diferenças, o casal não abre mão do bom humor. Pedro oferece a Dalila uma coxinha, símbolo de quem se diz mais à direita
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Alguns dizem que opostos se atraem. Outros tantos discordam e acreditam que o avesso faz mesmo é atrapalhar. No campo do improvável, apenas uma certeza: o amor não tem regras claras. E assim, Dalila Rodrigues e Pedro Matheus Sousa, ambos de 23 anos, se apaixonaram e passeiam juntos, entre as diferenças e as semelhanças, há quase cinco anos. Dentre todos os contrários, a discordância política é a mais evidente no casal.


À direita de Pedro, Dalila é conservadora declarada. Discussões sobre a temática são comuns no cotidiano do casal. Mas só na última eleição presidencial, no ano passado, eles perceberam as dificuldades de amar a oposição. Ela votou em Aécio Neves (PSDB) nos dois turnos; ele, na Luciana Genro (Psol) e depois em Dilma Rousseff (PT). Os embates, porém, começaram bem antes de outubro. “A primeira briga da gente mesmo foi por causa daquela fala do Levy Fidélix em um dos debates”, relata Dalila.


Como as polêmicas políticas não surgem só de quatro em quatro anos, as discordâncias aparecem e têm de ser superadas o tempo todo. “A única coisa em que a gente concorda politicamente é ser contra o aborto. Já casamento gay, maioridade penal, liberação da maconha... Mais nada”, continua Dalila. Além do posicionamento político, o casal também difere na religião, já que ela é católica, e ele não tem religião.


Diante do contexto conturbado, o amor de ambos paseia entre as improbabilidades e mostra que tem sufrágio universal - com resultados unânimes. “As diferenças incomodam um pouco, mas como a gente se gosta bastante, eu vejo como uma oportunidade de superar. Muitos casais veem a primeira dificuldade e pensam em desistir, mas não a gente”, afirma Pedro.


Respeito e tolerância são as saídas para que os pensamentos opostos não atrapalhem a relação. “A gente conversa muito e consegue se colocar no lugar do outro. E também sabe a hora de parar a conversa, qual o nosso limite para conversar sobre esses assuntos e não brigar. E, com certeza, a gente se ama muito”, explica Dalila.


Nem só de inversos, entretanto, o amor se alimenta. Os namorados também têm suas convergências e relatam que as diferenças só foram se moldando com o passar do tempo. Quando se conheceram, em 2007, ainda no colégio, a convivência de três anos na mesma sala do ensino médio tornou-os amigos e tratou de afinar bem os gostos.


“Nessa época, a gente já gostava das mesmas coisas, músicas, filmes”, conta Pedro. Foi numa sala de cinema, aliás, que o pedido de namoro aconteceu. Enquanto assistiam a Shrek Terceiro, último filme da trilogia “Shrek”, quando o casal famoso de ogros ganhava o final feliz para sempre, Dalila e Pedro começavam.


Além da afinidade cultural, Pedro, que estuda biologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), também ajuda a namorada, que é confeiteira e formada em gastronomia, na criação de bolos artísticos. O problema é que ele não gosta de doce... Mas, ainda assim, aprova e se orgulha do trabalho de Dalila. Para os próximos anos, o casal planeja se casar e ter muitos filhos. O sonho de ter uma família numerosa é mais um ponto em comum dos dois, que converge de forma a fazer esquecer de todas as divergências. “Eu brinco muito dizendo que quero ter 15 filhos, mas, na verdade, acho que só vai dar mesmo dois, porque não sei se teremos condições. Mas se tivermos, vamos tendo mais”, conta Pedro.

 

É COISA SÓ NOSSA...

 

O casal não consegue se ver todos os dias, mas a saudade é suprida com SMS. Da hora que acordam até dormir, ficam trocando mensagens de amor.


Como gostam muito de filme, na semana combinam os filmes que vão assistir no final de semana. Chegaram a assistir quatro em um dia.


Dalila é especialista em doces, e Pedro, ao que parece, em hambúrguer. Ela conta que ele faz hambúrgueres prontos bem gordurosos. “Adoro”


A NOSSA CANÇÃO


Para ambos, amantes de música, escolher uma só é difícil. O primeiro beijo foi ao som de In the dark, do Tieste, mas Sonífera ilha, dos Titãs, e Se for pra tudo dar errado, da Banda Tópaz, também são muito especiais.

 

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