[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Joaquim Barbosa, o ministro que virou "justiceiro" | Política | O POVO Online
STF 16/12/2012

Joaquim Barbosa, o ministro que virou "justiceiro"

Atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ele ganhou visibilidade ao relatar o processo do mensalão e levar a uma inédita punição coletiva por corrupção. Outro destaque no Judiciário foi a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon
NELSON JR/SCO/STF
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A imagem que as redes sociais têm ajudado a perpetuar do primeiro presidente negro da história do Supremo Tribunal Federal é a de um herói de capa e espada. No caso do ministro Joaquim Barbosa, toga e discurso. Por ser o relator do julgamento sobre o esquema de compra de votos no Congresso, orquestrado por integrantes do governo Lula para conseguir assegurar aprovação de projetos, o chamado Mensalão, Barbosa termina o ano com a pecha de justiceiro.


O ministro brigou inúmeras vezes com o colega Ricardo Lewandowski para defender seus pontos de vista – principalmente tendendo a condenar os réus do processo. Embora esse debate de ideias seja comum no Tribunal, sua atuação veemente, aliada a uma trajetória cheia de dificuldades financeiras, fez com que ganhasse relevância.


“Há figuras que aparecem em circunstâncias determinadas. Ele surge no caso do Mensalão, por um certo nojo pela corrupção, e ganha projeção em função de uma posição institucional. Toda a importância que ele tem não pela sua figura, mas por sua posição”, afirma o professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Valmir Lopes. Segundo ele, seria temerário que Barbosa eventualmente pensasse em transferir essa visibilidade para a política. “A liderança dele é institucional e circunstancial”, conclui.


A ex-corregedora

Para o também professor de Ciências Sociais da UFC, Uribam Xavier, muito mais importante que Barbosa foi a ex-corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a também ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, abriu fogo contra seus pares em setembro de 2011 ao dizer que, na magistratura, havia “gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”. Sua função era encontrá-los. Para isso, investigou uma zona sombria: tentou mapear quais juízes possuíam ganhos incompatíveis com suas já abastadas funções.

 

A pesquisa, principalmente no Tribunal mais refratário a mudanças do País, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), gerou reações no meio. Associações de magistrados protocolaram procedimento administrativo, logo arquivado, contra o CNJ e a própria ministra, alegando que ela quebrou dados sigilosos. Na época, ela declarou “lamentar” que as associações “mentirosamente desinformam a população ou informam com declarações incendiárias e inverossímeis, pretendendo fazer um ‘linchamento moral’”, disse.


Ao deixar o cargo, em setembro deste ano, deixa para trás um Judiciário menos inquebrantável e um pouco mais transparente. No evento de despedida, afirmou ter sido “duríssima” contra a minoria de juízes que atrapalharia o bom andamento do judiciário brasileiro. Nesse momento, a política a está tentando enredar: foi sondada recentemente pelo PPS para seguir outra carreira após aposentadoria. Ela deixou aberta a possibilidade. (Alan Santiago, alan@opovo.com.br)

 

 

Subiram


Eunício Oliveira

Foi uma aposta alta, mas, para a felicidade do senador Eunício de Oliveira (PMDB), o resultado foi positivo: jogou suas fichas no nome de Roberto Cláudio (PSB) à prefeitura de Fortaleza, conseguindo, nessa conjuntura, um vice para seu partido. No comando do PMDB, não apenas a Capital do Estado. Embora a geografia política cearense esteja mesmo divida entre PT e PSB, as legendas que mais emplacaram prefeituras, o capital político de Eunício ajudou a garantir cidades importantes, como Juazeiro do Norte com Raimundão (PMDB) e Crato com Ronaldo da Cerâmica (PMDB). Para analistas, ele precisa fortalecer ainda mais a relação de sua sigla com o PSB e também com o PT, angariando capital político que adviria de um partido em franca ascensão e outro com a presidência da República.

Márcio Torres

O procurador regional eleitoral Márcio Torres teve trabalho no primeiro ano de aplicação da Lei da Ficha Limpa, que tenta varrer do mapa político figuras cassadas, que renunciaram para evitá-la ou estão condenados por órgão colegiado de juízes. Graças à atuação vigilante dos promotores eleitorais que agiram sob sua coordenação, o Ceará, de novo, foi um dos estados onde os candidatos fichas-sujas mais enfrentaram dificuldades para viabilização de suas candidaturas.

 

Desceram


Moroni Torgan

Moroni Torgan (DEM) foi tratorizado pelas máquinas públicas – do PT municipal e do PSB estadual – que tardaram, mas acabaram se tornando protagonistas na disputa à prefeitura de Fortaleza. Às vésperas do primeiro turno, o candidato, que havia perdido a chance de administrar a cidade em 2000, 2004, 2008, permanecia numa disputa indefinida com os outros candidatos. Ao ser derrubado a um quarto lugar, sendo ultrapassado pelo deputado estadual Heitor Férrer (PDT), apenas confirmou o que outras eleições já haviam consagrado: quando é preciso falar sobre outros assuntos – que não, por exemplo, segurança, no que passaria credibilidade – ou ainda para conquistar outros eleitores, Moroni não consegue se comunicar. Apesar de suas três atividades legislativas de certo destaque, quando foi deputado federal, analistas afirmam que ele precisa manter um contato mais íntimo e permanente com a cidade se quiser tentar ampliar sua penetração nos setores que ainda lhe são refratários.

Acrísio Sena

Para analistas, o atual presidente da Câmara Municipal, o vereador Acrísio Sena (PT), está atrelado à máquina pública que está terminando agora com a administração Luizianne Lins (PT). Seria facilmente reeleito caso o candidato petista tivesse sido vitorioso na disputa pela prefeitura de Fortaleza.

 

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