Roberto Cláudio

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Inácio Arruda - Como você pretende tratar a problemática da segurança no município de Fortaleza?

ROBERTO CLÁUDIO: Grande parte da responsabilidade de construir uma cidade segura e tranquila para se viver depende das ações da prefeitura. É preciso valorizar a Guarda Municipal e aumentar o efetivo. O guarda municipal deve ser um agente da cidadania e da prevenção da violência, inclusive trabalhando de forma integrada com as ações da Polícia Militar. Além disso, a prefeitura deve cuidar da iluminação pública, urbanizar as áreas mais violentas da cidade e implantar equipamentos públicos como praças, quadras de esportes e centros culturais, estimulando o clima de cordialidade e amizade na comunidade.

HEITOR FÉRRER - Quais soluções deveriam ser adotadas para melhorar o trânsito da Capital?

ROBERTO CLÁUDIO: Precisamos de soluções rápidas e criativas para o trânsito da cidade que atinge a todos, sobretudo o trabalhador mais humilde. Meus primeiros compromissos são: Integrar metrô e ônibus com bilhete único; Eliminar os cruzamentos na Via Expressa, construindo túneis nas transversais, para reduzir o número de semáforos e os engarrafamentos; Transformar a Perimetral em via expressa; Fazer a alça expressa Mucuripe-Pirambu; Construir o túnel da Praça Portugal, para desafogar os engarrafamentos na região; e criar faixas exclusivas para ônibus. E vou acabar com os buracos da cidade em 360 dias. Com essas e outras medidas, Fortaleza vai andar melhor.

Marcos Cals - A atual administração tem uma trajetória de grande embate em “defesa” dos interesses dos trabalhadores. Contraditoriamente, nos últimos anos, não soube administrar as greves, em especial dos professores e dos médicos. Como o senhor pretende administrar esse tipo de conflito?

ROBERTO CLÁUDIO: Meu temperamento é conciliador e trabalho para unir e somar. Minha experiência como deputado e presidente da Assembleia já demostrou isso. Lá sou procurado por muitas categorias profissionais: delegados, oficiais de justiça, policiais civis, defensores públicos, professores, médicos, profissionais de saúde e muitas outras. Até quando a causa não tem a ver diretamente com o poder público, como no caso recente da greve dos trabalhadores da construção civil, fui chamado pelos trabalhadores para ajudar no diálogo. Na Prefeitura, por exemplo, vou implantar uma mesa permanente de negociação, comandada pelo prefeito, para antecipar conflitos e intermediar acordos.

RENATO ROSENO - Como o senhor justifica a ação violenta contra professores estaduais no interior da Assembleia Legislativa, durante sua gestão?

ROBERTO CLÁUDIO: Esse foi um episódio lamentável, causado pelo excesso cometido por um pequeno grupo – destoante da prática democrática e respeitosa do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará – que, utilizando arma branca e atos violentos, colocaram em risco a integridade física dos parlamentares, dos servidores e dos próprios manifestantes, e destruíram parte do patrimônio da Assembleia. Em nenhum momento, eu, ou qualquer outro membro da mesa diretora, demos ordem para qualquer tipo de agressão física. Sou filho e neto de professores. E não poderia ter nenhum outro sentimento em relação à educação e à categoria dos professores, que não fosse de respeito e admiração.

ELMANO DE FREITAS -O Hospital da Mulher, uma obra com 27 mil metros quadrados de área construída, chegou para ser referência na saúde da mulher, que representa a maior parte da nossa população. O senhor se compromete a manter esse equipamento funcionando para as fortalezenses?

ROBERTO CLÁUDIO: Caso seja eleito, vou colocar para funcionar o que já existe e não funciona direito – e ampliar o que for necessário. Na saúde, vou botar para funcionar bem não só o Hospital da Mulher, mas também os Gonzaguinhas, os Frotinhas e outras unidades de saúde que hoje apresentam muitos problemas, como a falta de médicos, remédios e equipamentos. Mas a população de Fortaleza precisa de muito mais na saúde. Vou abrir 19 UPAs – Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, em parceria com Cid e Dilma. Vou construir 6 Policlínicas, uma em cada regional, para consultas com especialistas e exames. E também vou abrir 28 novos Postos de Saúde, para garantir pelo menos uma unidade de saúde em cada bairro da cidade.

VALDECI CUNHA - Que medidas na prática o seu governo poderia realizar na área de educação, que possam melhorar o índice do nível de desempenho escolar dos nossos alunos?

ROBERTO CLÁUDIO: Fortaleza ocupa hoje a penúltima posição na qualidade de ensino entre todos os municípios do Ceará. Temos mais de 110 mil crianças sem creche e sem ensino pré-escolar. Em parceria com Cid e Dilma, vou construir 160 creches, implantar 48 escolas de tempo integral nas áreas da cidade mais carentes e, principalmente, garantir que cada criança do ensino fundamental seja alfabetizada na idade certa. Vou ainda valorizar o magistério e implantar o mérito como critério para escolha dos diretores de escola. A educação de Fortaleza deve caminhar em sintonia com a educação do Governo do Estado, que vem avançando muito nos últimos anos e atualmente é a melhor do Nordeste e uma das melhores do Brasil.

ANDRÉ RAMOS -Presidente, caso os fortalezenses lhe concedam a honra de ser o nosso próximo prefeito, o senhor cumprirá os quatro anos de mandato ou tentará com apoio dos fortalezenses ser governador do Estado em 2014?

ROBERTO CLÁUDIO: Se o povo de Fortaleza me conceder a honra de comandar os destinos da nossa cidade por 4 anos, cumprirei não só o mandato, mas todos os compromissos assumidos durante a campanha. E para realizar tudo o que estamos planejando, conto com o apoio do governador Cid Gomes e a parceria da presidenta Dilma Rousseff.

FRANCISCO GONZAGA - Em Fortaleza existem 4.286 estabelecimentos de saúde. Desses, 95,5% são privados. Ou seja, só tem acesso à saúde em nossa cidade quem tem plano de saúde ou dinheiro para pagar. O atual governo municipal - que contou com o apoio do governador Cid Gomes/PSB - não modificou essa lógica. O que o senhor fará para inverter essa situação?

ROBERTO CLÁUDIO: O Governo do Estado está construindo no Ceará uma das melhores redes de saúde pública do Brasil. Serão três novos hospitais regionais (o do Cariri já está funcionando), 21 Policlínicas, 32 UPAs e 18 CEOs (Centros de Especialidades Odontológicas). Mesmo o governador Cid fazendo tudo isso, a saúde em Fortaleza vive hoje a mais grave crise da sua história. Sou médico, formado em saúde pública, e vou tirar Fortaleza dessa situação melhorando o atendimento e investindo muito: abrindo 19 UPAs 24Horas, 6 Policlínicas e 28 Postos de Saúde para garantir pelo menos uma unidade de atendimento à saúde em cada bairro da cidade. E vou equipar, contratar médicos e colocar para funcionar direito os 92 Postos de Saúde da prefeitura.

MORONI TORGAN -O prefeito receberá a cidade com 55% da população – 1,36 milhão de pessoas – paupérrimas, sem emprego, sem renda e sem moradia. Como resolver esse problema?

ROBERTO CLÁUDIO: Não se reverte este cenário de profunda pobreza e enormes desigualdades sociais de Fortaleza sem uma política voltada para a redução do grave deficit habitacional, sem um amplo programa de qualificação profissional de jovens e adultos, e sem o aumento das oportunidades de emprego e renda. Nessa área de geração de empregos, por exemplo, vou implantar os Distritos Criativos. Minha ideia é estimular a implantação de polos produtivos em vários bairros da cidade, através da redução de impostos, para aproveitar melhor a vocação econômica de cada região.

"É preciso valorizar a Guarda Municipal e aumentar o efetivo"

"Vou acabar com os buracos da cidade em 360 dias"

"Em nenhum momento, eu, ou qualquer outro membro da mesa diretora, demos ordem para qualquer tipo de agressão física"

"Fortaleza ocupa hoje a penúltima posição na qualidade de ensino entre todos os municípios do Ceará"

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Alexandre Araújo Costa 05/08/2012 01:30

http://educacao.uol.com.br/noticias/2011/09/29/apos-pancadaria-no-ceara-deputados-aprovam-pagamento-de-piso-para-professores.htm e http://www.viomundo.com.br/denuncias/pm-do-ceara-agride-professores-em-greve.html mostram declarações de professores e imagens. Que as pessoas tirem suas conclusões!

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Alexandre Araújo Costa 05/08/2012 01:22

"foi preciso a força policial" http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/09/professores-em-greve-entram-em-confronto-com-policia-no-ceara.html Está aí, para todos verem. Ao invés de chamar a suspensão da sessão e negociar com os professores, chamou a polícia para reprimir.

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Alexandre Araújo Costa 05/08/2012 01:19

Todos sabem que os professores foram impedidos de acompanhar a votação na Assembléia com extrema violência. Ao bancar a votação de urgência e trazer o batalhão de choque, como Roberto Cláudio se furta da responsabilidade?

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