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O julgamento que investigará os crimes cometidos nos anos 1970 e 1980, no âmbito da denominada Operação Condor, de coordenação repressiva dos regimes militares do Cone Sul, começou ontem, em Buenos Aires. O ex-ditador argentino de 1976 a 1981, general Jorge Videla, é o principal acusado.
”Trata-se do primeiro julgamento que investigará globalmente o Plano (sic) Condor e entendo que é o primeiro em seu tipo na América Latina”, disse Carolina Varsky, uma das advogadas do processo que representa vítimas argentinas e uruguaias.
Conhece-se como Operação Condor a coordenação de ações repressivas das ditaduras do Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia, que esteve em andamento entre meados das décadas de 1970 e 1980. Carolina informou que no caso estão mencionadas uma centena de vítimas de nacionalidades uruguaia, chilena, paraguaia e argentina.
Videla, de 87 anos, se sentará novamente no banco dos réus. Já tem duas condenações à prisão perpétua. Junto a ele, estão sendo processados outros 25 acusados, entre eles o ex-ditador argentino de 1982 a 1983, general Reynaldo Bignone e seu compatriota, também general, Luciano Benjamín Menéndez já condenados a sete perpétuas e ambos com 85 anos. O caso alcança julgamento oral após 14 anos durante os quais a Justiça havia pedido as extradições dos falecidos ex-ditadores Alfredo Stroessner, do Paraguai, e Augusto Pinochet, do Chile.
O único estrangeiro que enfrentará os três juízes do Tribunal Oral será Manuel Cordero, um coronel reformado e agente de inteligência do Exército uruguaio. Cordero encontra-se detido em Buenos Aires e foi acusado por 11 casos, entre eles o desaparecimento de María Claudia García de Gelman, nora do poeta argentino Juan Gelman. ”O que devemos provar agora é a existência de uma associação ilícita entre as ditaduras de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para perseguir e eliminar opositores em qualquer destes países, com o apoio do governo dos Estados Unidos”, disse Carolina.
“Para a prova” - continuou - “contamos com os testemunhos de sobreviventes e com muita documentação, entre ela papéis desclassificados dos Estados Unidos que comprometem Washington”, explicou.
Devido a estes documentos, o juiz federal argentino Rodolfo Canicoba Corral havia enviado em agosto uma carta precatória ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos para interrogar Henry Kissinger, ex-secretário de Estado de 1973 a 1977, porém sem obter resposta. A advogada também destacou a ajuda que significou para o caso dos chamados “Arquivos do Terror”, encontrados pelo advogado paraguaio Martín Almada em uma delegacia de Polícia em Assunção. (das agências de notícias)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A Operação Condor teria envolvido as ditaduras do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Investigadores estimam em mais de 100 as vítimas das ações clandestinas realizadas nas décadas de 1970 e 1980.
Saiba mais
O acordo repressivo permitia que integrantes das forças armadas e de segurança dos regimes de fato contassem com informações sobre o movimento dos opositores e entrassem em qualquer dos países para detê-los clandestinamente com apoio local. Há dois casos que o CELS representa no caso que mostram o "modus operandi".
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