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A Prefeitura de Fortaleza iniciou, na tarde de ontem, operação para impedir a permanência de feirantes na avenida Alberto Nepomuceno e em um trecho da rua José Avelino, no Centro. Fiscais do Município e guardas municipais devem permanecer no local até o meio-dia de amanhã, retomando a operação de sábado até segunda-feira - período em que, normalmente, cerca de 800 ambulantes montam feira, que causa transtornos para motoristas e pedestres.
Segundo a secretária-executiva do Centro, Luciana Freire Castelo Branco, a ação cumpre acordo firmado pela Prefeitura com o Ministério Público do Estado em audiência no dia 27 de junho. “Temos uma ordem judicial para desocupar a José Avelino e a Alberto Nepomuceno. Vamos desocupar primeiro a avenida e, depois de 45 dias, a José Avelino”, afirmou Luciana. Ontem, a operação foi apenas no trecho da rua ao lado da Secretaria da Fazenda (Sefaz) porque era o único local com boxes montados. A avenida estava vazia.
A decisão, comentou a secretária, ocorre porque a feira estava se tornando inviável e perigosa “para quem compra e para quem vende”. Os vendedores costumavam ficar nas calçadas, no canteiro central e no asfalto da avenida, que é acesso para o Centro e importantes pontos turísticos da Capital. Mercadorias e pessoas disputavam espaço com carros, ônibus e motocicletas. “Cumpro a ordem para não deixar que aconteça algo mais grave, um acidente. Desocupamos para melhorar a vida da cidade”, defendeu.
A secretária informou que os ambulantes não serão transferidos para outro lugar - como ocorreu com os feirantes da Praça da Lagoinha - porque 70% deles não são de Fortaleza. “E quem é daqui já tem cadastro no Município, tem vaga na Praça da Estação, no Centro de Pequenos Negócios”, disse. “Faremos uma ação de contenção. Não permitiremos a colocação das bancas”, frisou Luciana. A fiscalização conta com cerca de 200 pessoas - entre fiscais e guardas do Município.
Repercussão
Enquanto feirantes da avenida Alberto Nepomuceno e da rua José Avelino reclamam da ação municipal, pessoas que trabalham na região ou costumam transitar pelas vias elogiam a iniciativa. “Eles atrapalham, colocam as mercadorias no chão, no lugar dos táxis”, comentou um taxista que trabalha em frente ao Mercado Central e não quis se identificar. “Aqui fica uma bagunça. Tem assalto, drogas, brigas. Eles intimidam as pessoas. É um transtorno”, afirmou o supervisor do mercado, Daniel dos Santos.
Os feirantes, porém, argumentam que só estão nas ruas porque não têm outro espaço para venda. “Falta apoio da Prefeitura. Não temos um local pra trabalhar”, ponderou um homem que preferiu não dizer o nome. “Todo mundo precisa trabalhar. Vamos fazer o quê? Ninguém aqui tem canto fixo pra vender”, reclamava uma mulher. Ambos comercializam em bancas na José Avelino.
A Prefeitura garantiu que, até o fim do ano, deve começar a construção de um camelódromo na rua Princesa Isabel. Outros quatro estão projetados até 2014.
Onde
ENTENDA A NOTÍCIA
No Centro, são cerca de quatro mil ambulantes. Muitos dos que estão na rua José Avelino eram da praça Pedro II (da Sé) e foram transferidos quatro anos atrás. O comércio passou a se estender pela avenida vizinha e tornou-se incômodo.
Saiba mais
A demora para executar a retirada da feira (a audiência ocorreu em 27 de junho) aconteceu, segundo a secretária, porque o Município aguardava apoio da PM.
A ajuda chegou a ser solicitada. A PM, porém, informou que precisaria fazer um estudo da situação.
“Mas eu já tinha um estudo e não tinha tempo. Precisava dar uma resposta para a Justiça”, ponderou Luciana. Assim, a ação ocorre sem a PM.
A Polícia informou que o estudo foi feito e indicou ser de competência municipal a remoção.
Em 2008 e 2009, porém, na desocupação da Sé, a Polícia Militar atuou em parceria com a Guarda Municipal.
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