[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Anjo decaído na contemporaneidade cristã | Espiritualidade | O POVO Online
Artigo 23/11/2014

Anjo decaído na contemporaneidade cristã

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Alexandre Mota


Oexorcismo, desde o século das luzes e das grandes revoluções – séc. XVIII, que inaugurou a era da ciência, definhou quase que totalmente na Igreja. Hoje, este ministério quase esquecido, e tratado por muitos, como resquício da Idade das Trevas, tem no ateísmo e no agnosticismo - que não reconhecem a existência de Deus e de qualquer realidade metafísica - seus principais detratores.


Entretanto, o Diabo, cujo nome provém do grego Diavolo, que quer dizer divisor, é uma figura presente e próspera no mundo atual, haja vista a facilidade com que penetra na vida das pessoas, para prejudicá-las e levá-las à perdição.


A Bíblia, no livro do Gênesis, apresenta-lhe sob a forma de uma serpente que induziu Eva e Adão a pecarem, de conseguinte, acarretando-lhes a expulsão do Paraíso e da perda da gratuidade de suas benesses. Por esta mesma porta também entraram na criação a dor, o pecado e a morte.


Em Jó, por exemplo, Satanás - o anjo decaído de Deus - O desafia para mostrar que a humanidade é fraca e blasfemadora. Qual não foi a sua surpresa, o justo Jó, mesmo após ter perdido tudo, inclusive a própria saúde, revelou-se tenaz no sofrimento, e não se rebelou contra o Criador, mantendo sua fé inabalada e vindo a ser recompensado ao final.


Porém, os momentos mais emblemáticos de Belzebu na Bíblia têm seu palco no deserto de Israel e no monte das Oliveiras, na presença de Jesus Cristo, quando fez de tudo para tentá-lO e conduzi-lO ao pecado. Reaparece posteriormente no livro do Apocalipse, na forma humana do Anticristo, que para muitos carece ainda de revelação.


Longe de uma realidade meramente abstrata e apologética do mal, o Inimigo de Deus é um ente pensante e atuante. Nessas obras fulcrais para a teologia contemporânea, o exorcista octogenário do Vaticano, que fez mais de 40.000 exorcismos, explica que as possessões e as outras manifestações do Demônio (obsessões, vexações e infestações), estão aumentando em número alarmante, no mesmo passo em que os vícios da modernidade vão se tornando corriqueiros e triviais.


Padre Amorth relata exorcismos de arrepiar, como um que ocorreu numa igreja da Itália, em que a vítima levitou literalmente até o telhado, causando o medo de uma queda brusca, que significaria sua morte instantânea.


Fenômenos extraordinários como a glossolalia – falar em línguas mortas ou estrangeiras -, a levitação, a combustão espontânea, o deslocamento de corpos inanimados sem causa motora, força humana descomunal, vozes estranhas, revelações de coisas escondidas, e discursos incompatíveis com a formação intelectual dos exorcizados, são especialmente relatados nos dois compêndios.


O famoso exorcista italiano alerta que as famílias devem ter uma vida sacramental, dentro da oração e da Eucaristia, posto que tais práticas afastam o inimigo, assim como o distanciamento das seitas satânicas e das falsas doutrinas, que pululam às centenas. Infelizmente o ceticismo de muitos, inclusive de cristãos de formação, impede a percepção dos riscos a que estão sujeitos. Esta, ressalte-se, a maior armadilha do diabo: fazer crer na sua inexistência, para que as vítimas não busquem a terapêutica adequada.


O próprio Papa Paulo VI, recém beatificado, assim se refere ao demônio: “uma força ativa, um ser espiritual vivo que é pervertido e que perverte aos outros. É uma realidade terrível, misteriosa e amedrontadora”. E São João Paulo II asseverou: “não tenham receio de chamar o protagonista do mal por seu nome: o demônio”. (ref.s: O anticristo, quem é e como age, Frei Elias Vella, Palavra e Prece, 2010, ps. 18 e 19)


Satanás modernizou-se, e agora promove sua tentação através de coisas e valores que atraem os homens ao pecado por sua beleza e encanto, ou pelo deleite que proporcionam aos sentidos, como o erotismo e o consumismo, tão propagados na TV, na internet e no cinema de hoje.


Não podemos afirmar que o Diabo seja responsável por todas as fatalidades do mundo, mas ele existe, pensa e age, e não é nada feio como dizem; faz-se belo e se esconde por trás de coisas sedutoras que trazem a nossa queda. Cuidado, muito cuidado!


Alexandre Mota Pinheiro é professor e escritor. Coordenador de Encontro de Casais com Cristo (ECC).

 

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