Segurança do Vaticano confisca cartazes de protesto
Em meio a polêmicas e pressões, a Santa Sé impôs uma censura sobre os cartazes que eram autorizados a entrar na Praça São Pedro, para garantir que a despedida do papa Bento XVI fosse apenas uma festa e não um ato de protesto. Nas entradas da praça, desde cedo, policiais faziam questão de abrir todos os cartazes e bandeiras que eram levadas pelos fiéis. Todos eram lidos e aqueles considerados como tendo "mensagens inadequadas" eram retirados das mãos do público, confiscados e colocados em uma caixa. Um deles apenas dizia: "Transparência, transparência".
Segundo a segurança do Vaticano, a leitura de cada um dos cartazes também tinha como objetivo evitar que empresas utilizassem o evento, transmitido a todo o mundo, para fazer publicidade. No entanto, mergulhada em uma crise e diante de escândalos que se proliferam, a Igreja não escondia que tudo o que não queria era que a despedida do papa fosse "manchada".
Se a preocupação era com a imagem, para os milhares de fiéis que lotaram a praça desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira o dia era de "emoção". "Esse papa mostrou muita coragem ao mundo e que é um homem que sabe da importância de seus atos", disse Iara, uma religiosa paranaense que aguardou por mais de três horas na fila para conseguir um lugar privilegiado na Praça São Pedro.
Na maré de fiéis, mais de uma dezena de bandeiras brasileiras podiam ser contadas, dividindo espaço com as bandeiras da Alemanha - terra natal do papa -, da Espanha e de outros países.
No palco montado nas escadarias da basílica, o papa era acompanhado por mais de 60 cardeais, dezenas de bispos e mais de uma centena de embaixadores de diferentes países. (das agências)
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