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Acordar 5 horas da manhã e dormir meia noite. Essa foi a rotina diária de João Alberto Leite Barbosa, 81, por 46 anos, quando operou o sistema de transporte urbano regular de Fortaleza à frente da empresa São José de Ribamar. Essa rotina deve mudar, já que a empresa não participou da licitação que concedeu o direto de operação a 14 empresas, dispostas em consórcios.
Por telefone, João Alberto conversou com O POVO e explicou porque ficou de fora da concorrência. “Em 2008, a Prefeitura baixou um Decreto Lei dizendo que as permissões iriam até dezembro de 2013. Confiando nisso, resolvi não entrar na concorrência. Dia 8 de junho, disseram que a empresa só rodaria até o dia 30 (de julho)”.
A empresa terá de dispensar 300 empregados, o que vai custar mais de R$ 2 milhões. “Isso não estava previsto. Fortaleza tem a menor tarifa do Brasil. Isso deixou as empresas sem reservas. Um imprevisto desse não temos condições”, ressalta o empresário.
João Alberto conta que entrou com um recurso judicial. Além de rodar até dezembro do ano que vem, ele cobra também uma dívida de R$ 326 milhões, que, segundo ele, a Prefeitura deve à empresa, referente à Câmara de Compensação, um sistema criado para repassar recursos das linhas mais lucrativas para linhas menos lucrativas. A Prefeitura de Fortaleza não reconhece a dívida e a Câmara de Compensação está suspensa desde 2006. (AJ)
SERVIÇO
São José de Ribamar não pode mais operar na Capital
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