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Um dos 20 mais influentes cientistas do mundo, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis abriu o II Seminário Futura Trends. Com a palestra “Avanços da tecnologia e suas implicações no futuro”, falou à plateia de 800 executivos e gestores de empresas do Ceará sobre a importância de investir, com recursos públicos ou privados, no ensino da ciência e da tecnologia aos cidadãos desde a infância.
Essa é a bandeira do neurocientista brasileiro que, além de trabalhar em uma das mais importantes pesquisas em neurociência do mundo, na Universidade de Duke nos EUA – para tentar conseguir mover membros virtuais com a força da mente –, está desenvolvendo projeto pioneiro em uma das regiões mais pobres do Brasil. “Se tudo der certo, em seis anos, é provável que vocês ouçam que uma nova terapia da doença de Parkinson é made in Macaíba (no Rio Grande do Norte)”.
Ele se refere a um dos braços de pesquisa do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (INN), do qual é diretor. Lá, será desenvolvido paralelamente o projeto “Educação para Toda a Vida”. É um novo tipo de escola em tempo integral e pública que assiste os futuros alunos desde o útero da mãe, garantindo pré-natal e consultas médicas de alta qualidade, e acompanha-os até o ensino médio, com alta formação em ciência e tecnologia.
Escola pública integral
“De manhã, as crianças vão realizar o currículo oficial da escola pública. À tarde, participam de currículo de educação científica que já tem sido testado nos últimos seis anos por 1,5 mil crianças de 10 a 15 anos de escolas públicas. Será o primeiro exemplo de escola em tempo integral na periferia de uma grande cidade”, destaca. Segundo ele, o projeto piloto com as crianças da região foi capaz de reduzir de 70% para 2% o nível de evasão no ensino médio entre elas.
O Centro de Saúde Anita Garibaldi, parte do INN, realiza 12 mil partos por ano e reduziu a taxa de mortalidade materna da região de Macaíba, das 87 mortes a cada 100 mil partos para 4 mortes por 100 mil, índice preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“As crianças vêm para as nossas escolas aprender ciência fazendo ciência. São felizes na escola; por isso, não a deixam. São crianças de 10 a 15 anos que eram consideradas problema na rede pública de Macaíba e agora entram na universidade federal e ganham bolsas de estudo pelo CNPq. A transformação é lenta, mas começou”, conta.
Para Miguel Nicolelis, o melhor investimento em política pública é na primeira infância. Ele diz que cada R$ 1 investido no pré-natal da comunidade pouco favorecida tem retorno dez vezes maior quando o cidadão estiver em fase economicamente produtiva. “Garantir que os cidadãos nasçam com o potencial neurobiológico intacto, com cérebro bem formado. Só assim se dará a chance de esse indivíduo contribuir cultural, econômica e socialmente para o País”, defende.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO, o II Seminário Futura Trends trouxe a Fortaleza grandes nomes da gestão de negócios, de pessoas e da ciência para qualificar gestores e executivos das empresas do Ceará.
Multimídia
A segunda edição do seminário Futura Trends foi “Tema do Dia” na cobertura de ontem dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO.
Para escutar - Os programas Debates do POVO e Mercado & Negócios foram transmitidos a partir de um estúdio da rádio O POVO/CBN montado no La Maison Coliseu. Confira em http://bit.ly/Iz5vvE
Para ver - O neurocientista Miguel Nicolelis; e o jornalista Nazareno Albuquerque, um dos organizadores do evento, conversaram com a repórter Germana Pinheiro, da TV O POVO. Confira no canal do portal O POVO Online no youtube. http://bit.ly/K794wX
Saiba mais
O Instituto Internacional de Neurociência de Natal (INN) existe desde 2005 e é uma das referências mundiais em neurociência.
Ao redor do INN será construído o Campus do Cérebro, até o fim do ano.
Segundo Nicolelis, a área de 100 mil hectares será uma “ilha do conhecimento”, com a escola integral gratuita com foco em ciência e tecnologia para 3 mil alunos (que está sendo construída), o Centro de Saúde Anita Garibaldi (que já funciona) e o Centro de Estudos Avançados Alberto Santos Dumont, que terá um dos sete mais velozes supercomputadores do mundo.
O Centro terá colaborações científicas dos EUA, da Suécia, Suíça, França e Espanha.
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