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Convidada do Seminário Futura Trends, a economista pernambucana Tânia Bacelar defende que o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) continue a ser administrado exclusivamente pelo Banco do Nordeste (BNB), sem que haja divisão com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Para ela, a primeira década foi boa para a região, com o trabalho do Governo Federal para reduzir o hiato com as demais regiões do País. Mas, para as próximas décadas, os investimentos no Sudeste devem aprofundar as desigualdades. A solução, Tânia acredita, é o fortalecimento da Sudene e a discussão do Nordeste em todos os setores. Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida ao O POVO.
O POVO - O que a senhora acha da proposta de dividir o FDNE entre os bancos federais?
Tânia Bacelar - Acho que o fundo deveria ficar com o BNB porque é ele quem tem expertise, que a Caixa e o Banco do Brasil não tem. O BNB também poderia repassar para agências de fomento estaduais. O banco tem feito um bom trabalho na região.OP - Como a senhora avalia a política regional do Governo Federal?
Tânia - O Governo tem atuado no Nordeste setorialmente. Tem aberto universidades no Interior, tem investido em infraestrutura, isso também é politica regional. Mas tem um hiato tão grande na região, temos 28% da população e só geramos 14% das riquezas.
OP - Então não é suficiente?
Tânia - Na primeira década do milênio, o Nordeste foi bem olhado pelo Governo Federal. Mas nas próximas décadas, com os investimentos previstos no Sudeste, esse déficit vai continuar. O governo coloca três refinarias no Nordeste e isso é ótimo. Mas se formos olhar o que a Petrobras vai fazer no Brasil, proporcionalmente é muito pouco o que vai ser feito na região. O Nordeste não é competitivo.OP - Os investimentos em infraestrutura no Nordeste não garantem mais competitividade no futuro?
Tânia - Sim, mas não é suficiente. Basta olhar a malha viária das regiões, que é bem maior no Sudeste. Os investimentos em portos são importantes e em rodovias também. Mas, por exemplo, a (ferrovia) Transnordestina não deve ir só até o Piauí, ela tem que encostar na Norte-Sul, que é o centro do Brasil graneleiro.
OP - O Nordeste tem três instituições federais para seu desenvolvimento: BNB, Sudene e Dnocs. Como elas colaboram com esta competitividade?
Tânia - Sudene e Dnocs estão fragilizados. O BNB é uma instituição de crédito e só crédito não resolve. A gente tem que ter o Nordeste discutido entre todas as políticas setoriais e uma Sudene capaz de operar.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Medida Provisória editada em abril pelo governo Dilma determina que o FDNE seja também operado pelo Banco do Brasil e pela CEF. Parlamentares do Nordeste negociam para reverter decisão.
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