[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Economista defende que BNB mantenha exclusividade de fundo | Economia | O POVO Online
FDNE 08/05/2012

Economista defende que BNB mantenha exclusividade de fundo

Professora da UFPE, a economista Tânia Bacelar afirma que banco deve manter a exclusividade da operação do FDNE por conhecer bem o Nordeste. Para ela, investimentos ainda são insuficientes para diminuir desigualdades
DEIVYSON TEIXEIRA
A economista Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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Convidada do Seminário Futura Trends, a economista pernambucana Tânia Bacelar defende que o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) continue a ser administrado exclusivamente pelo Banco do Nordeste (BNB), sem que haja divisão com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.


Para ela, a primeira década foi boa para a região, com o trabalho do Governo Federal para reduzir o hiato com as demais regiões do País. Mas, para as próximas décadas, os investimentos no Sudeste devem aprofundar as desigualdades. A solução, Tânia acredita, é o fortalecimento da Sudene e a discussão do Nordeste em todos os setores. Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida ao O POVO.


O POVO - O que a senhora acha da proposta de dividir o FDNE entre os bancos federais?

Tânia Bacelar - Acho que o fundo deveria ficar com o BNB porque é ele quem tem expertise, que a Caixa e o Banco do Brasil não tem. O BNB também poderia repassar para agências de fomento estaduais. O banco tem feito um bom trabalho na região.

OP - Como a senhora avalia a política regional do Governo Federal?
Tânia - O Governo tem atuado no Nordeste setorialmente. Tem aberto universidades no Interior, tem investido em infraestrutura, isso também é politica regional. Mas tem um hiato tão grande na região, temos 28% da população e só geramos 14% das riquezas.


OP - Então não é suficiente?

Tânia - Na primeira década do milênio, o Nordeste foi bem olhado pelo Governo Federal. Mas nas próximas décadas, com os investimentos previstos no Sudeste, esse déficit vai continuar. O governo coloca três refinarias no Nordeste e isso é ótimo. Mas se formos olhar o que a Petrobras vai fazer no Brasil, proporcionalmente é muito pouco o que vai ser feito na região. O Nordeste não é competitivo.

OP - Os investimentos em infraestrutura no Nordeste não garantem mais competitividade no futuro?


Tânia - Sim, mas não é suficiente. Basta olhar a malha viária das regiões, que é bem maior no Sudeste. Os investimentos em portos são importantes e em rodovias também. Mas, por exemplo, a (ferrovia) Transnordestina não deve ir só até o Piauí, ela tem que encostar na Norte-Sul, que é o centro do Brasil graneleiro.


OP - O Nordeste tem três instituições federais para seu desenvolvimento: BNB, Sudene e Dnocs. Como elas colaboram com esta competitividade?

Tânia - Sudene e Dnocs estão fragilizados. O BNB é uma instituição de crédito e só crédito não resolve. A gente tem que ter o Nordeste discutido entre todas as políticas setoriais e uma Sudene capaz de operar.

 

O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


Medida Provisória editada em abril pelo governo Dilma determina que o FDNE seja também operado pelo Banco do Brasil e pela CEF. Parlamentares do Nordeste negociam para reverter decisão.

 

Nathália Bernardo _
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espaço do leitor
Alci Lacerda de Jesus 12/05/2012 18:07
O deputado Danilo Forte vai apresentar o pré-relatório sobre a MP 564/2012 no dia 15/05. A AFBNB está na mobilização e dando total apoio ao deputado para que sejam incorporados os conteúdos das emendas do Sen. Inácio Arruda e Dep. Zezeu Ribeiro.
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Alci Lacerda de Jesus 12/05/2012 18:05
Ainda bem que a Associação dos Funcionários do BNB puxou a discussão sobre o aporte de capital e a manutenção da exclusividade e diz em alto e bom som: o governo discrimina ao nos tratar a conta-gotas, isso a gente não pode mais aceitar.
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Alci Lacerda de Jesus 12/05/2012 18:04
Talvez o Augsto Lima não saiba que somente 13,5 % dos recursos totais do BNDES foram aplicados no Nordeste ou que apenas cerca de 5% dos recursos para o setor agrícola do Banco do Brasil vieram para a região. A Constituição exige orçamento regionalizado, vê se acontece.
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Alci Lacerda de Jesus 12/05/2012 18:02
O pior problema é que não se vê o que está por trás dessas medidas: falta de estratégia regional para o desenvolvimento do país e discriminação às regiões com mais desigualdades; regiões que ajudaram e muito a existir o Centro-Sul mais rico.
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Edgar B.de Souza 09/05/2012 04:40
Esse DNOCS e SUDENE,não trazem nenhum benefício para o Nordeste.As benéfices são p/ os politicos e suas diretorias
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