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Os poupadores entrevistados pelo O POVO não ficaram contentes com as mudanças na remuneração da poupança, anunciadas na última quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Mas também não estão de todo descontentes. “Tinha que mudar mesmo para poder continuar baixando os juros, é tudo muito caro aqui no Brasil”, avalia o aposentado Djacir Gomes, 83.
O investidor, no entanto, recomenda diversificar os “papéis”. “Tenho um dinheirinho na poupança, mas prefiro investir em renda fixa e outros tipos mais rentáveis”, diz o aposentado. Para o empresário José Airton Alves, 47, não foi boa a notícia das alterações de rendimento para baixo, mas a poupança ainda é um investimento seguro. “Pretendo fazer aplicações no futuro, sim, mesmo rendendo menos, porque a poupança é a forma mais segura de guardar dinheiro que o País tem”, afirma.
O empresário português Ricardo Silva, 38, investe na poupança brasileira há cinco anos. “Ficamos tristes, quase depressivos com as mudanças”, brinca, mas concorda com a presidente e diz que as medidas são necessárias para baixar ainda mais os juros no Brasil e diminuir a entrada de investimento especulativo no País. “É bom que baixem ainda mais o rendimento da poupança também, porque só assim o brasileiro tira o dinheiro do banco e se torna empreendedor, investe”, avalia.
Ele diz que o Brasil vive um momento muito bom, tem um mercado próprio, diferente da situação europeia, que está estagnada. “Se, em Portugal, eu colocar dinheiro na poupança corro o risco de ficar sem nada. Por lá, está complicado. Nem os títulos do governo rendem alguma coisa”, lamenta o português. (Luar Maria Brandão)
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