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Assim como aconteceu na indústria da música, os filmes e as séries de cinema e televisão invadiram a internet. A comodidade e a praticidade de assistir a filmes em sites de streaming, ou seja, com apenas um click, sem ter a necessidade de armazenar dados de multimídia no computador, aumentam significativamente a cada dia. A pioneira do setor, Netflix, com 2,2 milhões de usuários no Brasil, de acordo com o último levantamento da empresa de pesquisa norte-americana eMarketer, defende lançamentos simultâneos nos cinemas e na internet e agenda produções nesse formato, a exemplo de O Tigre e o Dragão 2: A Lenda Verde, previsto para estrear em agosto.
O modelo tradicional de distribuição de filmes é o lançamento nas salas de cinema, depois de três meses em DVD - que perdeu espaço para VoD (vídeo sob demanda), seguidos de mais três meses para TV paga e um ano para TV aberta. “Esse modelo engessado já era.
Normalmente esse padrão funciona para lançamento do chamado filme-evento”, diz Sandro Rodrigues, CEO da distribuidora H2O Films. Ele afirma que a discussão entre produtores, distribuidores e canais está só começando no Brasil.
Salomão Santana, curador e programador de cinema do Cine-Teatro São Luiz e do Cinema do Dragão-Fundação Joaquim Nabuco, concorda que o timing de lançamento precisa ser mais discutido entre exibidores e distribuidores. E acredita que os lançamentos possam ‘andar’ juntos nos cinemas e na internet. “São experiências diferentes”, reflete.
Para Salomão, a dimensão sensorial de ver um filme em uma boa sala deve ser levada em consideração e influencia diretamente na percepção do espectador. “Nem sempre é possível ter uma boa conexão ou uma tela com alta qualidade”.
Já Sandro Rodrigues acredita que a simultaneidade só seria possível para filmes médios e não grandes sucessos de bilheteria e se posiciona: “A estratégia da H2O será respeitar as janelas, telas em que o espectador assiste o filme ou série, e não de lançar ao mesmo tempo”.
O tema é ponderado por Glauber Filho, cineasta e professor do curso de audiovisual na Unifor. “Vai depender do público estabelecido para cada produto”. Ele acredita na tese de que a convergência de diálogo entre cada tipo de conteúdo não fará a outra janela desaparecer.
Halder Gomes, cineasta, acha necessárias as novas janelas. “Elas são complementares e produzem conteúdo audiovisual de forma mais rápida e ágil”. Ele acredita que a ordem de apresentação mudará de produto para produto e cita o exemplo do próprio filme, Cine Holliúdy. “Ainda estava nos cinemas quando passou na TV aberta”.
Mercado
Para muitos realizadores ainda existe o romantismo de se apresentar na ‘telona’. “O cinema ainda é a maior fonte de receita e de retorno mais rápido com um grande sucesso”, afirma Halder. O grande desafio de quem produz é identificar como se posicionar. “As principais janelas estão no mercado, o único segmento que tende a desaparecer é o de home vídeo”. E complementa: “Todo mundo carrega uma janela nos celulares e tablets”. Em sua percepção, isso serve para escoar a produção que cresceu bastante. Se um filme é muito caro para o cinema, pode passar em outra janela.
“Antigamente, a concorrência do audiovisual estava em outros segmentos. Hoje está nas próprias janelas”, conclui.
Salomão é a favor de que os filmes cheguem ao público de internet da forma mais direta possível. “A ampliação da distribuição passa por uma ideia de democratização de conteúdo e as multiplataformas estão crescendo”, observa.
Futuro
Para Glauber Filho algumas janelas já estão consolidadas. O que ocorre é uma variação de demanda. “Qualquer experiência é válida, mas é prematuro afirmar qualquer coisa em relação aos vídeos onlines”.
Glauber analisa que na web ainda existem fatores geracionais, econômicos e culturais envolvidos, além da questão de produção. “Considero as janelas da web como eventos”. Segundo ele, há uma interrogação para onde irão e de que forma chegarão. “Ainda vai surgir um novo modelo e não o atual”.
Já Rodrigues acredita que o VoD vai se transformar num grande canal para consumidores de filmes de artes e outros nichos.
Números
2,2 milhões é o número de usuários da Netflix no Brasil, segundo o último levantamento feito pela empresa de pesquisas norte-americana eMarketer
86,5% é o percentual de internautas brasileiros que assistem a vídeos on demand, de acordo com a pesquisa da eMarketer
2011 Foi o ano em que a Netflix iniciou suas operações no Brasil. Em menos de dois anos, o número de usuários atingiu quase 1,9 milhão de pessoas
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