[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Oferta de medicamentos ainda é restrita | O POVO
Pesquisa 26/05/2013

Oferta de medicamentos ainda é restrita

A pouca oferta de remédios é uma das dificuldades ao tratar as modalidades de leishmaniose. Substância de uso tópico está sendo desenvolvida na UFRJ
TOM CABRALI/DIVULGAÇÃO
Tratamento pode durar até 60 dias, segundo Otamires Silva (Fiocruz)
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Negligenciada e esquecida, a leishmaniose não tem muitas opções de tratamento disponíveis no mercado. Ainda não existe uma vacina para imunização humana. E as duas vacinas destinadas à prevenção canina (Leishmnue e Leishtec) não são distribuídas pelo poder público. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica como tratamento de primeira linha o antimoniato de meglumina (Glucantime marca registrada), fabricado pela empresa Sanofi Farma Brasil. Essa medicação consiste na aplicação repetida de injeções; o tratamento pode durar de 20 a 60 dias, segundo Otamires Silva, chefe do Laboratório de Leishmaniose da Fiocruz-PE.

 

Segundo o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Anastácio Queiroz, o Glucantime é uma substância agressiva ao organismo e o indivíduo que for submetido deve fazer exames periódicos no fígado e no coração. Anastácio, que também é pesquisador da doença e trabalhou com tratamento de pacientes infectados no Hospital São José de Doenças Infecciosas, em Fortaleza, diz que outros medicamentos podem ser empregados, mas nem sempre com doses efusivas como a Glucantime. “Utilizamos também o Fluconazol - medicamento para tratamento de fungos - e tivemos bons resultados”, defende.


Quando as lesões aparecem perto das articulações ou em partes do corpo com menor presença de carne (canela, braço), a cura se torna mais complicada e, dependendo do caso, é preciso realizar tratamento por maior intervalo de tempo. Os idosos ou pessoas que possuem problemas de circulação também não apresentam melhoras com facilidade, explica Anastácio.


Uso tópico

Uma das esperanças no tratamento da doença é o desenvolvimento de uma nova formulação tópica (pomada) de antinomiato de meglumina (Glucantine®). Os estudos - feitos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com investimento da empresa Sanofi Farma Brasil - são coordenados pela professora Bartira Rossi-Bergman. Até agora, foram feitos testes em camundongos e as respostas são positivas. A expectativa é conseguir finalizar a composição e registrar o medicamento até 2014. De acordo com Bartira, a utilização da pomada deverá ser feita em associação com os outros medicamentos já utilizados no combate à doença. Este remédio será empregado apenas na modalidade cutânea, quando aparecem úlceras na pela. “A novidade é utilizar diretamente sobre o ferimento”, explica a pesquisadora. (Isabel Costa)

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