Sistema de água que abastece São Paulo cai ao pior nível
O Governo paulista reduzirá em cerca de 10% a captação d%u2019água do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande SP
O nível do sistema Cantareira, composto por seis barragens, responsável pelo abastecimento de água em parte da capital paulista e da Região Metropolitana, voltou a cair ontem. O sistema opera atualmente com 15,8% de sua capacidade. Esse é o pior nível da história, de acordo com informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A. (Sabesp). Quinta-feira, o sistema operava com 16%. O índice vem caindo diariamente.
No sábado passado, os reservatórios tinham registrado o primeiro aumento em quatro meses e o volume era de 16,6%. A seca em meses recentes colocou a Grande São Paulo em estado de alerta. O Governo do Estado anunciou que a, partir da próxima segunda-feira, reduzirá em cerca de 10% a captação da água do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Região Metropolitana.
A captação da água nos reservatórios Cantareira diminuirá de 30 metros por segundo para 27,9 m/s. O corte é resultado da determinação dos órgãos técnicos que regulam o sistema hídrico em São Paulo, a Agência Nacional de Águas (Ana), do Governo Federal, e o Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), do governo estadual. A decisão dos órgãos reguladores foi tomada com base em recomendação do grupo técnico que monitora diariamente a situação.
Para minimizar os efeitos da determinação e evitar a implantação do racionamento no Estado imediatamente, a Sabesp utilizará a água proveniente do reservatório do Alto Tietê e do sistema Guarapiranga para abastecer cerca de dois milhões de pessoas. Ambos estão hoje com índices de abastecimento de 38,3% e 69%, respectivamente.
O sistema Cantareira é o maior da Grande São Paulo e abastece as regiões Norte e Central, além de parte das zonas Leste e Oeste da capital. Também fornece água para os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, mais parte de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. Apesar da crise, o paulistano sofreu ontem os efeitos da chuva que atingiu a capital. Ao menos 37 pontos de alagamento se formaram na cidade. (da Folhapress)
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