Bombeiros buscam operário depois da queda de prédio em Guarulhos
Ao todo, 15 operários trabalhavam no local, mas apenas dois dormiam na construção. Um deles foi encontrado no próprio dia do desmoronamento
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil paulistas ainda trabalhavam ontem nas buscas pelo operário Edenilson de Jesus dos Santos, de 24 anos, quase 24 horas depois do desabamento de um prédio em construção na região da Vila Leonor, em Guarulhos, na Grande São Paulo. As equipes retiraram desde o desastre 130 toneladas de concreto do local. Com isso, foi encontrada a carteira de Santos.
Os bombeiros também alcançaram a cama do operário, que estava intacta, e um chuveiro, ainda aberto. As buscas passaram a ser concentradas nesse ponto. O desmoronamento aconteceu por volta das 19h20min de verão locais da segunda-feira, na avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. Ao todo, 15 operários trabalhavam no local, mas apenas dois dormiam na construção. Um deles foi encontrado na própria segunda. De acordo com os bombeiros, ele teria saído do prédio para comprar pão antes do desastre. As buscas são feitas por 53 bombeiros, que contam com o auxílio de cães farejadores e uma retroescavadeira.
Segundo a Prefeitura de Guarulhos, o alvará da obra foi emitido em 23 de novembro do ano passado e autorizava a construção de um condomínio residencial de 30 apartamentos e dois salões comerciais, totalizando 3.706 metros quadrados. Em maio a Construtora Salema, responsável pelo serviço, entrou com pedido para adicionar um mezanino em um dos salões. O novo alvará foi expedido no mês passado.
Apesar de legalizada pela Prefeitura, trabalhadores do prédio dizem que o empreendimento apresentava constantemente rachaduras. Edivaldo dos Santos, 36, irmão do operário desaparecido, acrescentou que os pilares eram constantemente reformados.
“Catástrofe”
O advogado da Construtora Salema, Maurício Monteagudo, admitiu que o acidente foi uma ”catástrofe”. De acordo com ele, a empresa precisa entrar nos escombros para avaliar quais foram as causas do acidente.
Monteagudo acha pouco provável de que antes de desabar o prédio apresentasse rachaduras. O advogado ainda descartou a possibilidade de que os funcionários não tivessem equipamentos de segurança. (da Folhapress)
Saiba mais
Operários
Ao menos 15 pessoas trabalhavam na obra que caiu, mas apenas duas moravam no local.Desaparecido
Edenilson de Jesus dos Santos, 24, que teve a carteira encontrada no local.
Suspeita de rachaduras
Amigo de um dos operários disse que o funcionário se queixava de rachaduras na construção. Irmão do operário desaparecido afirmou que os pilares do prédio eram constantemente reformados.
As informações são de responsabilidade do autor:
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