O portal de viagens TripAdvisor divulgou nesta quarta-feira, 11, o resultado do TripBarometer, estudo bianual sobre as tendências de viagem pelo mundo. Foram recolhidas 44 mil respostas de viajnates e empresários do setor hoteleiro de 32 países. No Brasil, foram entrevistadas cerca de 2.700 pessoas dos dois grupos.
O levantamento consultou cerca de 10 mil hoteleiros ao redor do mundo com o objetivo de mensurar o nível de confiança do setor com relação ao mercado em 2015. Levando em consideração três principais aspectos, investimentos planejados em diversas áreas como reformas e renovações, contratação e capacitação de funcionários e marketing; planos de aumentar as diárias em 2015; e otimismo com relação aos lucros, a pesquisa revela que o empresário brasileiro do setor de hospitalidade está entre os cinco mais otimistas do mundo, atrás apenas de Indonésia, Índia, México e África do Sul.
Investimentos
O estudo aponta que, em 2015, os hoteleiros devem investir mais em diferentes áreas, com destaque para o gerenciamento de reputação online. O crescimento das verbas destinadas a essa prática está relacionado à importância que os empresários estão dando ao feedback dos hóspedes nos meios online. Quando questionados sobre quais elementos consideram os mais primordiais para o futuro dos seus negócios, a reputação online foi citada como “importante” por 93% dos pesquisados e “muito importante” por 79% dos entrevistados.
No Brasil, os dados permanecem relevantes, 73% afirmam que vão investir mais recursos para gerir a imagem de seus hotéis na internet.
No entanto, para o empresário brasileiro, a qualidade do serviço prestado lidera a lista dos itens mais importantes para o sucesso do negócio.
"Aumentar o número de hóspedes recorrentes, encorajar reservas diretas e incentivar as avaliações online dos viajantes serão temas-chave para o setor hoteleiro deste ano", afirma, diz Marc Charron, presidente do TripAdvisor for Business.
Lucros
“Otimista” e “Muito otimista”. É dessa forma que três em cada quatro hoteleiros (75%) se sentem com relação aos seus lucros neste ano, sentimento semelhante ao de empresários de outras partes do mundo. De acordo com os entrevistados brasileiros, eventos locais e congressos terão o maior impacto positivo nos lucros em 2015. Já as maiores ameaças são o aumento dos preços de passagens aéreas (65%) e a economia nacional (60%).
A confiança no mercado é tanta que 68% dos entrevistados nacionais disseram que planejam aumentar suas tarifas ao longo do ano para arcar com o crescimento dos custos indiretos.
O perfil do hóspede
O TripBarometer também mostra que 44% dos brasileiros pretendem gastar mais com viagens em 2015, se comparado a 2014. E por quê? A resposta é simples: metade dos entrevistados disse que vai investir na “viagem dos sonhos”. E os destinos mais desejados pelos turistas nacionais são Itália (39%), EUA (36%), Grécia (35%), França (34%), Caribe (31%), Alemanha (30%), Portugal (29%) e Espanha, Reino Unido e Austrália (todos com 27% das preferências).
De acordo com o levantamento, o brasileiro vai gastar, em média, R$ 11.700 por pessoa com viagens neste ano. Um outro dado importante para o setor: é que o preço continua sendo o fator mais importante na hora do hóspede decidir em qual lugar vai passar as suas férias.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de hostéis no Ceará (ABHI), Darlan Teixeira Leite, o setor local tem ainda mais um motivo para o otimismo. O setor coorporativo, que faz com que a cadeia do turismo não dependa apenas dos dois meses da alta estação (janeiro e julho). "Hoje o Ceará tem uma excelente estrutura para eventos empresariais, principalmente por conta do d Centro de Eventos do Ceará. Na semana passada nós tivemos uma reunião com a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Coorporativas), para apresentarmos nosso potencial", afirma.
De acordo com Darlan, a alta do dólar é outro aquecedor para o mercado de turismo. "Com o dólar mais alto, a tendência é de crescimento no número de turistas extrangeiros e nacionais, pois com a viagem internacional mais cara, muitos devem optar por viajar dentro do País", diz.
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