Os ventos de inverno anunciam tempos difíceis para os habitantes dos sete reinos. A guerra entre as Casas pelo Trono de Ferro de Westeros, fio condutor da série Game of Thrones, da HBO, deve ganhar desdobramentos imprevisíveis agora que o show vai se desvincular indiretamente das Crônicas de Gelo e Fogo, escritas pelo norte-americano George R.R. Martin.
O programa estreou em 2011, quando A Dança dos Dragões, quinto volume das Crônicas, chegou às prateleiras. Desde então, os fãs aguardam o lançamento do livro The Winds of Winter (Os Ventos de Inverno, em tradução livre), previsto para este ano.
Até a quinta temporada, os produtores David Benioff e D.B. Weiss se baseavam nos livros. Agora o enredo deve se encaminhar sem a referência fundamental, embora o final já tenha sido esclarecido, confidencialmente, pelo autor.
Adaptar o produto desenvolvido para as páginas não é tarefa facil, ainda mais que, na Guerra dos Tronos, a história se desenrola em diferentes localidades, com inúmeros personagens e, em sua maior parte, paralelamente. E o público é exigente.
Do ponto de vista dos fãs
O filmmaker e fotógrafo Rafael Moreira, de 22 anos, avalia o retorno como competente, mas explica que o roteiro apresentou "soluções simples e óbvias". Enquanto ao futuro da série, ele é otimista. "Espero muito ver o que mais pode acontecer com Arya Stark e também o retorno de Bran Stark à série que, nos livros, os capítulos dele eram uns dos meus favoritos".
"Confio cegamente (nos produtores). A maioria das adaptações que eles fizeram só melhoraram o ritmo da narrativa", justifica. "Muitos fãs dos livros reclamam a ausência de personagens, mas acho que toda ausência, mudança ou desfecho diferente dos livros são muito bem justificados por Benioff e Weiss. Sem falar que Martin não fica de fora da série, não tem como dar errado".
Para Rômulo Jácome de Mesquita, de 39 anos, o retorno foi satisfatório, mas espera que a história ganhe ritmo mais ágil. "Tinha muito medo dessa independência da série em relação aos livros", afirma o técnico em edificações.
A jovem Luana Andrade, de 25 anos, diz que a temporada começou fraca comparando às estreias anteriores. "Apesar de pontos relevantes para a trama serem mostrados, o restante foi bastante dispensável", avalia a zootecnista. "Foi um ano de espera para saber a resposta sobre Jon Snow para, no final, nada ser resolvido".
Do ponto de vista dos atores
Dentre as situações expostas nesse início de temporada, Theon Greyjoy ajuda Sansa Stark a fugir de Ramsay. O ator Alfie Allen, que dá vida a Theon, avalia que seu personagem está em bom momento, já que ele está mais confiante, e isso faz parte de sua reabilitação. "Ele está voltando a ser o guerreiro forte de antes. Claro que ele nunca vai ser o Theon que já foi, mas agora ele é mais complacente, talvez um homem melhor", conta. "Acho que ele só quer corrigir os erros que cometeu. É uma missão nobre".
Os atores John Bradley e Hannah Murray, intérpretes de Samwell Tarly e Gilly, respectivamente, também enxergam um caminho positivo para seus personagens. "Sam está em uma das situações mais positivas para a história dele na série. Tornar-se um Meistre é resultado de muito esforço, não apenas ambição", explica John.
"Estar no Castelo Negro é algo inacreditável para ela. O mundo dela está em constante expansão de maneiras incríveis, mas acho que a ideia de ir tão longe é algo muito além dos sonhos dela", diz Hannah Murray. "Gilly só viu pequenas partes desse mundo, mas sempre faz com que a gente se lembre de que até mesmo essas pequenas partes são maravilhosas".
O POVO Online conversou com alguns fãs de Game of Thrones e pediu que indicassem alguns dos momentos mais marcantes da série. As imagens podem ter spoilers caso ainda não tenha visto a série até o último ano. Relembre: