[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Os melhores (e piores) filmes de 2012 | Coluna Script | O POVO Online
SCRIPT 02/01/2013 - 16h45

Os melhores (e piores) filmes de 2012

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Sim, já estamos em 2013, mas 2012 será agora analisado, pelo menos por meio da sétima arte. Mais uma vez me sinto honrado em divulgar a minha lista com os melhores filmes do ano aqui no O POVO Online, dentro da coluna Script, fato que já se repete desde 2006. Como sempre, listo os melhores + menção honrosa, além dos lixos, ou os piores do ano.

Depois de 250 filmes vistos durante o ano, a lista dos melhores se baseia no princípio de escolher apenas os filmes que foram lançados comercialmente no Brasil durante o ano de 2012 - em cartaz a partir de 1º de janeiro a 31 de dezembro, independente do ano de produção dos mesmos. É recorrente aparecer filmes com estreias atrasadas ou possíveis ausências de filmes que disputarão os principais prêmios internacionais no começo do ano.

Ah, e não fico apenas nos 10 melhores, vamos um pouco mais além com as recomendações.


Em 2012 o cinema nacional se destacou negativamente, pontuando quase sozinho 10 das piores realizações do ano… Portanto ganhou um tópico especial para si. Parece ser inevitável a continuaidade de tamanhas porcarias nacionais. Mas nem tudo é podre, pois vem do diretor Breno Silveira a dupla menção honrosa do ano. Enfim, é apenas a minha opinião, seja para melhor ou para pior.

Que venham mais e melhores filmes em 2013, para transmitir os mais diferentes sentimentos por meio do som e das imagens em movimento ou como deve ser a sensação de sonhar acordado com a magia do cinema. Vamos às listas:

os MELHORES de 2012

A beleza que vem da violência (justificada):
1. Drive (2011): Durante o dia o protagonista divide seu tempo entre ser dublê-motorista de filmes e mecânico de oficina. Á noite dirige o carro de fuga para criminosos. É “o garoto”, que nem quando está em ação demonstra reação. É frio e calculista. Até quando a explosão de violência é necessária seus movimentos são calculados. Milimétrico. Até sua paixão é silenciosa. Quase platônica. E com confrontos tão tensos quanto carregados no tom da imprevisibilidade, a obra perfeita de Nicolas Winding Refn dá um nó na garganta e deixa o espectador igual ao seu protagonista: não dá chance nem para piscar;

2. Millennium – Os Homens que não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tatoo, 2012): são impressionantes duas horas e trinta e oito minutos com o ritmo que segue a mesma toada desde a abertura, que vai além do cool. A trama central é o desaparecimento de Harriet, mas para chegarmos ao produto final há a construção perfeita de um quebra-cabeça visual, orquestrado por David Fincher. Um remake melhor que o original sueco, que adapta o livro homônimo. De arrepiar.

Cinema, sétima arte:

3. A Inveção de Hugo Cabret (Hugo, 2011): você entra numa sala escura, escolhe um lugar para sentar e uma luz é projetada numa grande tela branca. Como um convite a um sonho iluminado. Esso é a alma da obra-prima do mestre Martin Scorsese, que desde a primeira cena faz com que o espectador, de forma imersiva, faça parte da magia do cinema;

4. O Artista (The Artist, 2011): o filme começa. É preto e branco. Não há diálogos. Somente uma trilha sonora e caracteres que reproduzem os diálogos. Uma banda toca sua trilha dentro de um cinema lotado. Seu astro o acompanha por trás da tela, aguardando ansioso o fim do filme, os créditos e a reação do público. Ao final, aplausos. Mas onde está o som? Não há, pois estamos assistindo um mesmo filme mudo. Em preto e branco. Sem diálogos. E com os caracteres como diálogos. E essa homenagem ao cinema do cinema em arte pura, em si mesmo, da tela na tela.

5. O herói que virou clássico
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012): Christopher Nolan entrega uma conclusão épica para a poderosa história de um herói que adotou as trevas e usou seus medos para lutar pela justiça e tornar um mundo melhor. Mas, apesar das palavras bonitas, não há nada de pieguice aqui. Se prepare para mergulhar em duas horas e 45 minutos tingidas de tensão, caos e trevas.

6. Para sorrir chorando ou chorar sorrindo?
Intocáveis (Intouchables, 2011): uma das obras mais emocionantes que já vi. A dramédia nos apresenta uma história que se torna cativante ao falar de tema universal, que envolvem a amizade e as experiências de vida. E essas experiências de cada um (milionário na cadeira de rodas) são preciosas para o outro (um imigrante pobre fichado pela polícia). O encontro de opostos é uma lição de como podemos sempre ver a vida de uma forma diferente, que somos capazes de provocar um recomeço, buscar sempre novos (e belos) motivos para se viver e para voar. Além da mente.

7. Os espiões e suas missões incríveis:
Argo (2012): a terceira inclusão de Ben Affleck na direção é a transposição de uma incrível história real que reconta a tentativa de resgatar seis funcionários da embaixada americana aprisionados num Irã furioso, em meio a sua revolução política, entre o fim de 1979 e o início de 1980. Preparado para conferir uma obra de tirar o fôlego de tanta tensão? Ao que parece, ainda existe vida inteligente em Hollywood;

007 – Operação Skyfall (Skyfall, 2012): desde que 007 retornou na pele do durão Daniel Craig, o modelo de ação era o mesmo eternizado na Trilogia Bourne, muito contato, ação realista e uma história envolvente por trás do ícone. E nessa última aventura, o diretor Sam Mendes vai alem da ação. Traz um vilão incrível (Javier Barden), uma missão que envolve o futuro de M (Judi Dench) e a possível morte de 007. Vai encarar? Incrível obra, que ainda tem música tema de Adele. Talvez o tempo o eleve a melhor aventura de todos os tempos do espião inglês. Sim, palmas, por favor;

O Espião que Sabia Demais (Tinker Tailor Soldier Spy, 2011): é essencialmente de espionagem. Sua trama mostra um agente renegado (Gary Oldman) de volta ao topo da cadeia do Serviço Secreto de Inteligência Britânico em busca de um agente duplo plantado pela Rússia. Esqueça os tiros, as perseguições, efeitos especiais ou o glamour. O cansaço e as rugas, estampado nos rostos dos agentes secretos, são os reflexos dos anos de intenso trabalho. Os olhos tristes e frios dizem mais que qualquer palavra. E o jogo para descobrir quem é o traidor está apenas começando. E será aplaudido ao final da sua minuciosa investigação.

8. Fantasia para os olhos, mente e coração
As Aventuras de PI (Life of PI, 2012): Ang Lee nos dá muito além do visual embasbacante, muito além do 3D que nos faz ao mesmo tempo náufrago e apreciador de suas pinturas vivas na tela. Seja de fora para dentro de dentro para fora. Uma aventura – uma odisséia de PI, que vai bem além de fazer bem aos olhos, mas toca o coração, engradece a alma e mexe com a mente com a vida de PI. É uma bela história, quer você acredite nela ou não. Inequecível e cinematográfico.

9. Cada cabeça, um mundo, cada escolha, um destino
A Separação (The Separation, 2011): no Irã um caso envolvendo uma família separada, causará mais que dramas pessoais. O pai abandonado se desdobra entre criar a filha adolescente, entristecida pela distância da mãe, cuidar do próprio pai, um senor de idade com sérios problemas de saúde, e trabalhar para sustentar a todos os envolvidos. A saída é contratar uma cuidadora, que por sua vez está grávida leva sempre a sua filha a tiracolo e por vezes sai do apartamento deixando o senhor amarrado a cama, sozinho. Toda a situação desagrada o contratante, que numa discussão a demite e a tira do seu apartamento aos empurrões. No hospital ela descobre que perdeu o filho. Um julgamento está próximo, mas não apenas do homens, mas da ética e da alma;

O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Hotel Marigold, 2011): uma doce e sincera dramédia, que conta a história de um grupo de aposentados ingleses que decidem se mudar para um hotel resort na Índia, sem saber que o mesmo é pura decadência. Administrado por um jovem movido a sonhos e paixão (Dev Patel), os recentes hóspedes encontram na situação um caminho para um recomeço de uma forma não programada. Lá descobrem todos os sons, aromas e sabores da Índia, ao mesmo tempo em que seus sentimentos entram em contato com a natureza humana local e passam a ver (e viver) a vida com as suas lições. Seu elenco traz uma sintonia com cada sentimento expresso e é digno de aplausos, seja em maior o menor escala.

10. Ficções pensantes
Looper – Assassinos do Futuro (Looper, 2012): é genial e merece ser compreendida com todas as suas tramas e subtramas. É um ciclo da vida, feito e refeito de uma forma sensacional. Ao misturar uma série de elementos como viagem no tempo, matadores de aluguel, a máfia, uma maligna organização de um homem só e poderes telecinéticos, a obra escrita e dirigida por Rian Johnson desenvolve mais alguns temas, outros menos. Mas o final é um espetáculo e seu resultado é somente possível por causa de sua construção de personagens – os Loopers, e cabe a compreensão do porquê dos seus atos, sentimentos e, por fim, suas escolhas;

Prometheus (2012): é uma pré-continuação de Alien (1979), portanto aproveitem a viagem, mais uma vez tensa. Um espetáculo visual que equilibra substância, roteiro (que derrapada pouco) que apresenta o marco zero de uma história clássica e que retorna ao seu universo com uma sensação de missão cumprida. E com excelência técnica e elenco acima da média, prometeu e cumpriu (não resisti).

Menção honrosa (dupla) para duas obras comoventes: Breno Silveira é um vencedor. Antes diretor de fotografia e agora diretor de cinema, que consegue trabalhar com temas que podem ser facilmente vistos como armadilhas ao clichê, mas que se transformaram em resultados acima da média, sempre com uma forte carga emocional. E a dupla menção pertence a ele, com duas obras que emocionam muito.

À Beira do Caminho (2012): uma história inspirada tanto em músicas antigas de Roberto Carlos quanto em frases de pára-choques de caminhões, a trama dos caminhos cruzados de João, o caminhoneiro, e Duda, o garoto órfão, são muito bem exploradas, como uma relação necessária para os dois, de peso dramático necessário. Crescente, a trama avança com a função de tentar consertar os erros do passado. Magnífico.

Gonzaga – De Pai pra Filho (2012): drama (duplamente) biográfico traz as (belíssimas) histórias de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e seu filho, o poeta politizado que transformava dor em canções. Duas histórias tão diferentes, mas tão iguais. Ninguém sabe quem precisa mais do outro e a carga emocional explode na alma e cristaliza em lágrimas durante a projeção. Lindo, lindo, lindo.

Outras Recomendações: A Negociação (Arbitrage, 2012); O Impossível (The Impossible, 2012); O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball, 2011); Ted (2012); Shame (2011); Plano de Fuga (Get the Gringo, 2012); Raul – O Início, O Fim e o Meio (2012); As Aventuras de TinTim (The Adventures of Tin Tin, 2011); O Garoto da Bicicleta (Le gamin ao veló, 2011); Os Vingadores - The Avengers (The Avengers, 2012); Menção especial: A Música Segundo Tom Jobim (2012);

Os PIORES filmes de 2012

10º. A Dama de Ferro (The Iron Lady, 2011): só não é A Dama de Lata por causa da incomparável Meryl Streep. Com unhas, dentes (postiços), maquiagem e cabelo laqueado a diva detona nos discursos, brinca de atuar com seu sotaque inglês e passa por cima de tudo e todos em qualquer que seja a situação (ou confronto). Até na sua queda. Palmas para Streep e vaias para o filme demente de ruim;

9º. Resident Evil 5 - Retribuição (Resident Evil: Retribution, 2012): um festival de efeitos 3D que simplesmente destroem todo e qualquer construção feita da série até aqui. Se bem que só escapa o primeiro (e olhe lá). O resto é apenas resto de zumbi direto do lixo para o inferno. O pior é ainda teremos de aguentar novas continuações;

8º. Projeto X – Uma Festa Fora de Controle (Project X, 2012): Como defender um dito filme que sua principal função é divertir por meio de uma ode ao mau comportamento? Ao fim é apenas um projeto inconsequência ou um Suberbad – É Hoje (2007) para maiores, com sexo e drogas ou um Se Beber, Não Case! em versão adolescente, e sem surpresas. Muito som alto, imagens videoclipadas e zero de roteiro;

7º. Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros (Abraham Lincoln: Vampire Hunter, 2012): por trás da história do presidente, havia um caçador de vampioros. Uma aventura de suspense bizarra, com muito barulho por nada. De tão exagerado que fica incompreensível. Não preciso nem comentar os (de)efeitos 3D, dos mais simplórios possíveis ao arremessar objetos para o espectador. E só.

6º. Anjos da Noite 4: O Despertar (Underworld: Awekening, 2012): pra quê despertar de um coma de 15 anos, ô vampira metida em calças de couro e poderes sem fim? A trama agora aponta Selene como cobaia para uma experiência genética que envolve sua herdeira, extremamente poderosa. E dai? Não serve nem pelas cenas de ação ou efeitos 3D, bem ruinzinhos;

5º. Fúria de Titãs 2 (Wrath of Titans, 2012): está com os ouvidos em dia? Prepare-se para perder parte da audição na aventura que continua a história do Semi-Deus Perseus como a esperança para a paz entre Deuses e Humanos. São cerca de uma hora e 39 minutos de duração, e que reserva mais ou menos uma hora com os efeitos sonoros mais ensurdecedores que meus ouvidos já tentaram agüentar. Ininterruptamente. Um horror esquecível de tão ruim. Efeitos 3D? Deixa pra lá;

4º. Battleship – A Batalha dos Mares (Battleship, 2012): você já imaginou que um filme baseado no jogo de tabuleiro ‘Batalha Naval’ pudesse ser bom? Não precisa imaginar, pois o filme é muito, mas muito ruim. Patético, intragável e uma verdadeira verdadeira vergolha alheia a todos os envolvidos. Um Transformers no mar, com uma equipe internaconal de fuzileiros navais na luta contra extraterrestres em mais uma invasão. Blá blá blá;

3º. O Motoqueiro Fantasma 2 – Espírito de Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance, 2012): porquê? porquê? porquê?!!!!!!!!!! Ok, vamos lá… Nicolas cage volta completamente drogado, ligadaço como o dito herói que busca fugir de sua maldição. A (desnecessária) continuação agora envolve uma seita em busca de uma criança que pode ser a sua salvação. Que tal ir pros quintos dos infernos, ô filminho do cão de ruim. Trash sem fim. (3D? que 3D?);

2º. Amanhecer – Parte 2: O Final (Breaking Dawn – Part 2, 2012): as perípécias da bebê telepata Renesmee são uma ameaça para a eternidade dos vampiros, por isso Bela (agora vampira poderosa, kkkkkkk) e o clã Cullen se unem a outros vampiros (cópias de X-Men com uma série de poderes, kkkkkkkk) e aos lobos para a batalha final com os Vulturi. KKKKKKKKKKKK. Se essa parte 2 fosse a parte “final” do filme anterior, sem as enrolações risíveis, duruaria uma meia hora, no máximo. E o final do final, ante do power point, tem uma sequência totalmente inexistente. Ah, e é competamente compreensível que um homem de 20 anos se apaixone por um bebê e queira casar com ela. Pois é, feito para debilóides, bye bye “Saga” de araque Crepúsculo, risível do começo ao fim;

1º. As comédias nacionais, cada uma pior que a outra. Um misto de cópias descaradas de filmes americanos e situações desconcertantemente patéticas. Do humor grotesco ao pastelão descabido, tem de tudo aqui, exceto um riso inteligente.
Por ordem de ruindade seguem: As Aventuras de Agamenon, o repórter; Billi Pig; Reis e Ratos; Até que a sorte nos separe; Totalmente Inocentes; E Aí, Comeu?; Os Penetras; De Pernas pro Ar 2.

*Daniel Herculano (siga no Twitter @DanielHerculano) é estudante de Jornalismo, graduado em Comunicação Social e assessor de comunicação. Crítico de cinema formado em cursos de Ana Maria Bahiana (Uol/Globo de Ouro), Pablo Villaça (Cinema em Cena/OFCS), Ruy Gardnier (O Globo/Contracampo) e Joaquim Assis (Roteirista).

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espaço do leitor
amanda 24/11/2014 22:12
tds os filmes do crepusculo sao bons so fã numero um amo eles.
pedro 28/01/2013 16:59
A Dama de ferro entre os piores filmes? Drive entre os melhore? Tente outra coisa, falar sobre cinema não da certo pra você.
José Wilker 20/01/2013 22:59
Que texto lixo; sofrível. O pior de 2012 e de 2013, do domínio da língua portuguesa à capacidade de análise estética. De fato, é´um trabalho 'Hercúleo' o de ler esta coluna na íntegra.
Alice In Chains 13/01/2013 12:08
Os Intocáveis e O Argo, respectivamente, 1° e 2° posições de melhores do ano. No mais: está de parabéns!!
ALICE 05/01/2013 19:46
COMO ASSIM AMANHECER PARTE 2 NOS PIORES ISSO Ñ ESTA CERTO NO NO NO NO
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