[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] "Gonzaga de Pai para Filho" e "Até a Eternidade" | Coluna Script | O POVO Online
SCRIPT 04/12/2012 - 22h23

"Gonzaga de Pai para Filho" e "Até a Eternidade"

Foto: Reprodução
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Emoção Musicada

Meses atrás escrevi sobre a carreira do diretor Breno Silveira e a refaço para chegar a sua nova obra. Em sua estreia cinematográfica contou a (bem) história de uma dupla sertaneja, da pobreza ao sucesso (Dois Filhos de Francisco, de 2005) se transformando num grande sucesso de bilheteria e aplaudido pela crítica.

 

Em seguida apresentou uma (boa) história de amor entre uma bela garota rica e um pobre menino da favela (Era Uma Vez..., de 2008), algo como um Romeu & Julieta entre os morros cariocas e Copacabana.

 

Seu terceiro longa, uma história inspirada tanto em músicas antigas de Roberto Carlos quanto em frases de pára-choques de caminhões (À Beira do Caminho) é imperdível, capaz de provocar um choro legitimamente emocionante.E mais uma vez ele conseguiu emocionar.

 

Forte. O drama (duplamente) biográfico é Gonzaga: de pai pra filho (Idem, Brasil, 2012), que traz as (belíssimas) histórias de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e seu filho, o poeta politizado que transformava dor em canções. Duas histórias tão diferentes, mas tão iguais. Ninguém sabe quem precisa mais do outro e a carga emocional explode na alma e cristaliza em lágrimas durante a projeção.

Breno Silveira vai fundo na história de um garoto simples muito simples que saiu do sertão no meio do nada de Pernambuco, passou pelo exército brasileiro (sem dar um tiro sequer), foi ao Rio de Janeiro e se transformou no Rei do Baião. Em paralelo nasce Gonzaguinha, num casamento de muito amor, mas com percalços tão grandes quanto a vida. E que vida.

E por falar em Gonzaguinha, Júlio Andrade não interpreta, reencarna o eterno poeta, com toda sua raiva e angústia da vida, de tudo e de todos. Mas como perceberá toda essa revolta faz sentido, um belo e fundado sentido. Chimbinha do Acordeon faz um Gonzaga de respeito, toca e canta cobrindo o filme de musicalidade e veracidade, enquanto a ponta de João Miguel, como Miguelzinho ou o primeiro contratante de Luiz Gonzaga, é hilária.

Tente conter o choro em diversas situações dramáticas e chore de alegria ao entoar as mais belas canções de Gonzagão (a sequência em que ele se apresenta na sacada de um teatro, para o povo é sensacional; o seu retorno de madrugada ao acordar Januário é emocionante) e as letras e versos de seu filho. Palmas para Breno Silveira, palmas, pois Gonzaga: de pai pra filho é lindo, lindo, lindo demais. NOTA: 9,0

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Nas Locadoras: Até a Eternidade (Les petits mouchoirs/Little white lies, 2010) de Guillaume Canet.

Dramédia francesa sobre um grupo de amigos que decide manter as férias anuais mesmo após um evento traumático. Bom filme, às vezes meio novela (indeciso entre citar Manoel Carlos ou Glória Perez), uso recorrente do efeito edição/música/reflexão, personagens delineados com algo de clichê, mas muito bem interpretados. E essa emoção é fruto, em grande parte, da competência do seu competente elenco.

Estão lá o rico estressado (François Cluzet) e sua esposa linha dura (Valeri Bonetton), a descolada solteira (Marion Cotillard), o cafajeste de bom coração (Gilles Lellouch), a esposa infeliz no casamento (Pascalle Arbillot) e seu esposo (Benoît Magimel) apaixonado pelo melhor amigo, o eterno apaixonado (e deixado pela ex-namorada - Laurent Lafitte) e o porra-louca gente boa que se acidenta (Jean Dujardin). Para completar há um guru new age (Hocine Mérabet), a voz da razão (e morador da praia Jean Louis – Joel Dupuch).

Poderia até se passar por uma produção americana, mas que traz em seu ato final uma atitude de simbolismo sentimental mais forte que qualquer clichê. E mesmo numa situação constante de muitos personagens numa mesma cena, e consequentemente muitas situações se desenvolvimento ao mesmo tempo, o diretor Guillaume Canet sempre procura o sentimento em suas cenas. O cerne sentimental da história é a força da amizade ou a ausência dela, quando pensamos que tudo já existe e nada mais pode ser e em cena serão desencavados sentimentos, emoções, pequenas mentiras – que podem se transformar em grandes verdades e resoluções finais. O DVD disponibilizado não possui extras. NOTA: 7,5

*Daniel Herculano (siga no Twitter @DanielHerculano) é estudante de Jornalismo e titular do programete #Cineminha na Beach Park FM 101.7. Crítico de cinema formado em cursos de Ana Maria Bahiana (Uol/Globo de Ouro), Pablo Villaça (Cinema em Cena/OFCS), Ruy Gardnier (O Globo/Contracampo) e Joaquim Assis (Roteirista). É graduado em Comunicação Social e assessor de comunicação d´ A+ Business Criativo.

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