[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] <i>Para Roma, com Amor</i> | Coluna Script | O POVO Online
SCRIPT 11/07/2012 - 18h51

Para Roma, com Amor

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Encontros e Desencontros na Cidade Eterna

Woody Allen, nascido e criado na ‘cidade que nunca dorme’, ama e vive Nova York. Mas já amou e filmou em Barcelona (Vicky Cristina Barcelona, 2008), Londres (Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, 2010; Scoop – O Grande Furo, 2006; Match Point – Ponto Final, 2005) e por último, Paris (Meia-Noite em Paris, 2011). O longa rendeu não apenas mais um Oscar de melhor roteiro original, como também se tornou a maior bilheteria de todos os tempos do cineasta, avulso a tudo isso.

E agora sua lente mira Roma e sua escrita acompanha ao falar de amor, romance, fama fortuita, encontros e desencontros na ‘cidade eterna’, cristalizado em Para Roma, com Amor (To Rome, with Love 2012), o seu longa metragem de número 43. Claro, com um elenco sempre recheado (Alec Baldwin, Penélope Cruz, Judy Davis, Jesse Eisenberg, Ellen Page, Roberto Benigni e Greta Gerwig) e seu retorno à frente das câmeras. Mas o que importa mesmo é o tom leve e a sua simples condução para as quatro historietas que se passam nas ruas de Roma.

Na primeira uma jovem turista americana (Alison Pill) e um advogado italiano (Flavio Parenti) se apaixonam. Assim ela decide ficar em Roma e aguarda a visita dos pais (Woody Allen e Judy Davis) para acertar o casamento. Allen é um ex-diretor de óperas que é arrebatado pela voz do pai (Fabio Armiliato) de seu futuro genro. Com um detalhe hilário, ele só canta no chuveiro, literalmente. Já com o genro, os conflitos aparentam ser neuroticamente eternos (e divertidos).

Em seguida acompanhamos um arquiteto de sucesso (Alec Baldwin) faz um passeio pelas ruas de Roma para relembrar os anos que morou por lá e encontra um estudante de arquitetura (Jesse Eisenberg), que o convida à sua residência. Ele vive com a namorada (Gerwig) e também estudante de arquitetura, que, para complicar a situação, em breve também receberá uma amiga em dificuldades, uma atriz (Page) que pode transformar a situação em triângulo amoroso.

O mais interessante é que a relação entre Baldwin e Eisenberg funciona ao mesmo tempo como uma espécie de projeção do jovem ao seu futuro, quanto uma lembrança viva do veterano com o seu passado.

Na terceira um toque surreal. Pessoa extremamente comum, Leopoldo (Benigni) repentinamente - e sem motivo aparente - tem sua vida acompanhada pela mídia como uma celebridade instantânea.

A última estória nos mostra os recém-casados (Alessandro Tiberi e Alessandra Mastronardi) que chegam do interior da Itália para morar em Roma com a benção dos ricos e protocolares tios do rapaz. Um desencontro faz com que ela se perca pelas ruas da cidade e se envolva com o elenco de um filme, e ele seja confundido e ganhe uma tarde com uma prostituta (Penélope Cruz), que na ausência da esposa a faz passar pela mesma.

Talvez você não se apaixone por Para Roma, com Amor, mas certamente será encantado com um divertimento composto de piadas verborragicamente inteligentes de Allen, um ateu novaiorquino que usa o palco italiano para nos entregar uma obra dignamente simpática e de muito bom gosto. NOTA: 7,5

INFORMAÇÕES ESPECIAIS

Filmografia premiada de: Woody Allen venceu o Oscar de filme, roteiro original e direção por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977); Oscar e Globo de Ouro de roteiro original por Meia-Noite em Paris (2011); Globo de Ouro de roteiro e Prêmio Especial em Cannes por A Rosa Púrpura do Cairo (1985); Venceu o Oscar de roteiro original e o Globo de Ouro de filme (comédia ou musical) por Hannah e Suas Irmãs (1986); Prêmio especial em Veneza por Zelig (1983) e em Berlin por A Última Noite de Bóris Gushenko (1975); Roberto Benigni venceu o Oscar de ator e filme estrangeiro por A Vida É Bela (1998); Penélope Cruz venceu o Oscar de coadjuvante por Vicky Cristina Barcelona (2008); Jesse Eisenberg indicado ao Oscar de ator por A Rede Social (2010); Ellen Page indicado ao Oscar de atriz por Juno (2007); Judy Davis indicado ao Oscar de coadjuvante por Maridos e Esposas (1992); Alec Baldwin indicado ao Oscar de coadjuvante por The Cooler – Quebrando a Banca (2003);

*Daniel Herculano (siga no Twitter @DanielHerculano) é estudante de Jornalismo e titular do programete #Cineminha na Beach Park FM 101.7. Crítico de cinema formado em cursos de Ana Maria Bahiana (Uol/Globo de Ouro), Pablo Villaça (Cinema em Cena/OFCS), Ruy Gardnier (O Globo/Contracampo) e Joaquim Assis (Roteirista). É graduado em Comunicação Social e assessor de comunicação da A+ Business Criativo.

> TAGS: script
Daniel Herculano dherculano@hotmail.com
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