[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Diferentes em tudo,<br>do gênero ao resultado | Coluna Script | O POVO Online
09/04/2008 - 10h50

Diferentes em tudo,<br>do gênero ao resultado

*Daniel Herculano

MÚSICA PARA OS OLHOS
The Rolling Stones – Shine a Light (Shine a Light, 2008) é música para os olhos. Literalmente um grande show gravado no Beacon Theatre, em Nova York, durante a turnê de 2006, A Bigger Band, e dirigido simplesmente por Martin Scorsese.

Logo no início, percebemos a inquietude de Scorsese em não saber o set-list programado, ou a preocupação de Jagger perante o público, pois muitas câmeras estarão ali durante o show, em constante movimento. Sempre a favor do cinema como espetáculo visual, o diretor ítalo-americano também viaja no cenário do teatro e insiste em saber pelo menos com quais músicas o show começará. Tenta ter o controle, pois pretende seguir a ação do palco, a dinâmica do espetáculo. O controle a princípio não acontece, Jagger só libera a lista das músicas na hora do show... E mesmo assim Scorsese está preparado para filmar um dos melhores shows já vistos para o cinema.

Fantástica movimentação de câmeras e de iluminação majestosa, digna de belas seqüências, como quando vemos o teatro inteiramente lotado, vibrando, ou quando as luzes incessantemente se acendem, para a reclamação de Jagger, mas com um efeito final digno de uma grande produção cinematográfica. A edição também marca muitos pontos, inteligentemente proporcionando pausas com cenas de bastidores, e o melhor, entrevistas históricas (e algumas até hilárias) que entrecortam os 45 anos da banda.

Sendo ou não fã dos Stones, fica difícil não grelar os olhos na apresentação vibrante dos roqueiros sessentões, em especial para um sempre esfuziante Jagger. É um filme? É um documentário? É um show? Tudo isso pode ser dito de The Rolling Stones – Shine a Light, mas que é resumido melhor num gesto mais do que merecido: aplausos.

NOTA: 9,1
INFORMAÇÕES ESPECIAIS:
O diretor Martin Scorsese é apaixonado por música. mmJá dirigiu o show O Último Concerto de Rock – The Last Waltz (1978), o videoclip Bad (1987), de Michael Jackson, e o documentário No Direction Home: Bob Dylan (2005). Vencedor do Oscar e Globo de Ouro por Os Infiltrados (2006), Globo de Ouro por Gangues de Nova York (2002), Leão de Prata em Veneza (diretor) por Os Bons Companheiros (1990), Palma de Ouro em Cannes (filme) por Taxi Driver (1976) e (diretor) por Depois de Horas (1985);
Trilha Sonora nas Caixetas: Satisfaction, Rolling Stones.

SONÍFERO NA VEIA
Pra não fazer ninguém perder tempo, vou logo avisando que Awake – A Vida Por Um Fio (Awake, 2007), a estréia de Joby Harold, é um suspense bem fraquinho.

Clay (Heyden Christensen) é um milionário controlado por Lilith (Lena Olin), sua mãe, mas apaixonado pela secretária particular Sam (Jessica Alba). Clay vai ser submetido a um transplante de coração, a ser executada pelo médico e amigo Jack Harper (Terence Howard). Porém, ao ser sedado, Clay fica num estado que pode ouvir e sentir tudo que se passa durante a operação (mas sem conseguir falar ou se mexer), inclusive uma possível armação contra sua vida.

De premissa interessante (do estado de consciência anestésica), mas de desenrolar ridículo, como quando o roteiro faz (risivelmente) o protagonista sair do próprio corpo durante a operação, ou o plano patético dos vilões, e até mesmo a decisão nada justificável do personagem da mãe, descambando tudo num final pior ainda.

Apelando para cenas na mesa de operação, com direito até a close-ups desnecessários, e de texto podre e pobre, o diretor e roteirista Harold aposta também no elenco. Alba e Christensen fazem um jovem casal de beldades que personificam a inexpressividade, enquanto bons atores, como Terence Howard e Lena Olin, são relegados a coadjuvantes, conclamando Awake – A Vida Por Um Fio a se tornar um sonífero na veia.

NOTA: 2,2
INFORMAÇÕES ESPECIAIS:
Elenco: Jessica Alba é estrela de O Olho do Mal (2008) e foi indicada à Framboesa de Ouro de pior casal junto com Heyden Christensen em Awake (2007), a estrela de Jumper (2008) e indicado ao Globo de Ouro de coadjuvante por Tempo de Recomeçar (2001); Terence Howard, indicado ao Oscar e Globo de Ouro de ator por Ritmo de um Sonho (2005), atuou com destaque em Crash – No Limite (2004) e Valente (2007); Lena Olin, indicada ao Oscar de coadjuvante por Inimigos – Uma História de Amor (1989) e ao Globo de Ouro de coadjuvante por A Insustentável Leveza do Ser (1988);

Trilha Sonora nas Caixetas: Track 14, Jamiroquai.

*DANIEL HERCULANO é publicitário, produtor musical. Atualmente trabalha na comunicação do Gabinete da Vice-Prefeitura de Fortaleza, e também faz a coluna Script: nas Prateleiras, as quintas, no programa Viva Fortaleza, da TV O POVO.

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