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Em 2009, uma lei instituiu o 6 de junho como o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Desde então, organizações que trabalham com prevenção de acidentes aproveitam a data para reforçar alertas à população quanto aos perigos – domésticos em sua maioria – que causam queimaduras.
Especialistas dizem que, além dos cuidados preventivos, as pessoas devem ser informadas sobre o que fazer logo após uma queimadura, porque receitas populares aliviam a dor de imediato, mas, depois, podem prejudicar a área afetada.
A despeito de todos os cuidados, os casos mais graves de queimaduras deixam sequelas irreparáveis, provocam danos psicológicos, afetam a autoestima e podem levar a óbito.
Anualmente, um milhão de pessoas sofre queimaduras no país. Delas, 48% são crianças. Não exatamente nesta ordem, os fogos de artifício e as chamas de fogueiras nas festas juninas; a permanência ao sol sem filtro protetor ou bloqueador solar; o suco de limão e de outras frutas cítricas sobre a pele exposta ao sol; os óleos e pigmentos bronzeadores caseiros; e até a água excessivamente quente do banho do bebê podem provocar queimaduras.
Os riscos estão por toda parte, mas são mais intensos dentro de casa, em especial na cozinha. Segundo o Ministério da Saúde, substâncias quentes são as principais causas de queimaduras: líquidos, alimentos ou água quente correspondem a 59% dos casos. Fogo ou chama causam 16,8% das lesões e objetos quentes, como o ferro de passar roupa, outros 13,7% das ocorrências.
Na cozinha, é importante manter as crianças à distância durante o preparo de refeições e evitar carregá-las no colo ao lidar com panelas e líquidos quentes. Os cabos das panelas devem estar virados para trás e é sempre melhor usar as bocas de trás do fogão.
Ao tomar líquidos quentes, afaste-se das crianças. À mesa, dispense toalhas compridas e jogos americanos, que os pequenos podem puxar com tudo o que estiver por cima.
Criança e ferro de passar roupa não combinam, assim como tomadas e fios elétricos que devem ser isolados e ficar bem longe de mãos que engatinham. Fósforos, isqueiros e outras fontes de energia não podem ficar ao alcance das crianças. O mesmo vale para líquidos inflamáveis, que devem ficar fora de casa, trancados e inacessíveis às crianças.
Em qualquer circunstância, é preciso lavar as queimaduras com água limpa, corrente, e deve-se procurar atendimento médico. O pó de café e o creme dental ressecam a área da queimadura quando aplicados e podem lesionar ainda mais a pele na hora da limpeza. Não devem ser utilizados.
ÁLCOOL LÍQUIDO
Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), o álcool líquido responde por 20% das causas de queimaduras e é vendido sem restrições. Sua embalagem plástica, com tampa de rosca, é aberta com facilidade e, dada a mania brasileira de incluir o álcool líquido entre os produtos de limpeza, ele normalmente é deixado junto a detergentes e outros itens não inflamáveis ao alcance das crianças.
A SBQ divulgou, ainda, que as queimaduras decorrentes do uso indevido do álcool líquido diminuíram 60% quando a Anvisa proibiu a sua livre comercialização, há cerca de 10 anos. Na época, recomendava-se o uso do álcool gel, que possui as mesmas propriedades, mas não explode como o líquido.
Por isso, por ocasião das ações que marcaram a passagem do Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras, e em parceria com a ONG Criança Segura, além de outras entidades, a SBQ criou uma petição online, disponível no endereço http://bit.ly/segurancaecoisaseria, com o objetivo de angariar adesão à campanha para que a venda de álcool líquido para uso doméstico seja proibida.
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