[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Arranjos de poder e nada mais | Coluna Política | O POVO Online
Política 27/09/2013

Arranjos de poder e nada mais

Pesquisa mostra que apenas 2% dos estudantes do ensino médio tinham entre as escolhas o magistério
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Érico Firmo ericofirmo@opovo.com.br
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Aspecto que chama atenção no rompimento da família Ferreira Gomes e de seus aliados com o PSB é o fato de o motivo central de divergência praticamente ser ignorado tanto por um lado quanto por outro. O cerne da discórdia é o apoio ou não à reeleição de Dilma Rousseff (PT). Há três anos, era Eduardo Campos quem fincava pé para apoiar a então candidata. A despeito da brusca mudança de posicionamento, não houve explicação minimamente consistente sobre as divergências programáticas. Nenhuma autocrítica sobre se houve erro em apoiá-la na eleição passada. Ou sobre os rumos inesperados que teria assumido sua administração a ponto de justificar a nova perspectiva diante do governo federal. As razões para de afastar do projeto tão enfaticamente defendido em 2010 estão resumidas no discurso insosso e sem conteúdo de que “é possível fazer mais e fazer diferente”. Tampouco os irmãos Cid e Ciro Gomes oferecem argumentos a favor da continuidade da candidata contra a qual o grupo queria concorrer em 2010. Nenhuma análise sobre o porquê de ser a melhor alternativa para o Brasil. Pelo contrário, Ciro tem dito que Dilma é “meio arrogante” e “muito, muito, muito inexperiente”, “cercada de gente de quinta categoria” e que “pilota uma aliança assentada na putaria”. Além disso, já afirmou que “o governo é muito ruim”, que “o buraco das contas externas é o maior da história” e que a presidente troca “os pés pelas mãos” ao conduzir o programa Mais Médicos - menina dos olhos da vez do Governo Federal justamente na área que atualmente tem Ciro como secretário estadual no Ceará. Tudo isso conversa de dois a três meses atrás. E é esse governo e essa presidente que leva Ciro, Cid e o maior conglomerado político do Ceará a trocar de partido para apoiá-la. Nessa questão toda, a única coisa que importa seja para o PSB ou para o grupo que está de saída é o arranjo político que mais atende as conveniências de conquista ou manutenção de espaços de poder.


REMUNERAÇÃO DE PROFESSORES É CONDIÇÃO PARA MELHORAR ENSINO, APONTA ESTUDO

A coluna de anteontem tratou da união entre todos os governadores brasileiros em torno da proposta de mudar a lei do piso nacional do magistério para conceder reajuste menor aos professores. Sobre esse assunto, escreveu à coluna a professora Sofia Lerche Vieira, que foi secretária da Educação Básica do Ceará durante a maior parte do governo Lúcio Alcântara (2003-2006). Em parceria com a professora Eloísa Vidal, ela recentemente concluiu o relatório Estudos & Pesquisas: contribuições para políticas educacionais, disponível no site da Fundação Victor Civita (leia aqui http://bit.ly/16u7RMQ). Durante oito meses, as duas pesquisadores se debruçaram sobre 25 estudos realizados acerca de políticas públicas de educação implantadas de 2006 para cá no Brasil e no Exterior. O material analisado abrangia quatro temas: gestão escolar, gestão pedagógica, gestão da formação e gestão da oferta e tinha chancela do Governo Federal ou de agências internacionais, como o Unicef. “Se é verdade que não há fórmulas mágicas na melhoria dos sistemas educativos, um elemento comum se destaca: todos os sistemas educacionais bem sucedidos no mundo coincidem na valorização de seus professores. Assim ocorre, por exemplo, na Finlândia e na Coreia do Sul, países que têm se destacado no Pisa e em outras avaliações de larga escala”, diz Sofia Lerche.

No entanto, segundo a pesquisadora, essa não é a realidade brasileira como regra. “A despeito de alguns avanços nas políticas recentes, a exemplo da Lei do Piso e de programas diversos de formação do Governo Federal, a profissão-professor não é valorizada nem respeitada. Tanto é que, em pesquisa realizada pela mesma Fundação antes referida, denominada Atratividade da Carreira Docente apenas 2% de estudantes do ensino médio público e privado tinham entre suas escolhas o magistério”. Esse é um problema que o Brasil precisa atacar muito maior que o eventual déficit financeiro devido ao salário pago aos professores.


SAIU EM UM ANO, ENTROU EM OUTRO

Ainda na coluna de anteontem e também ontem, escrevi aqui que Ciro e Cid Gomes se filiaram ao PSDB em 1989, na carona do então governador Tasso Jereissati. Fiei-me na informação do site do PSDB do Rio de Janeiro, que traz histórico do partido. No entanto, fui ontem ao banco de dados do O POVO e encontrei outra história. Realmente, Tasso, Ciro e o então “grupo do Cambeba” se desfiliaram do PMDB em julho de 1989. Ele não pretendia apoiar Ulysses Guimarães à sucessão de José Sarney. O tucano estava dividido entre Fernando Collor e Mário Covas - a opção recaiu sobre o segundo. Embora o ingresso no PSDB estivesse decidido desde 1989, a filiação formal de Tasso e seu grupo só se efetivou em 16 de janeiro de 1990.

 

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Germano Soares 27/09/2013 12:12
SE... "REMUNERAÇÃO DE PROFESSORES É CONDIÇÃO PARA MELHORAR ENSINO, APONTA ESTUDO"... Porque então a ex-prefeita alardeava que os professores tiveram ganhos salariais, e devem ter tido mesmo, e o ensino da capital despencou para o penúltimo lugar entre todos os municípios do Ceará???
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