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A agenda de Dilma Rousseff em Fortaleza clareou as intenções políticas de Luizianne Lins (PT). O secretário de Educação, Elmano Freitas, foi o único dos pré-candidatos do PT a compor a comitiva pessoal da prefeita na visita presidencial. Para bons entendedores...
A prefeita deixou clara a sua preferência para o público interno e externo. Inclua-se aí o governador Cid Gomes (PSB). Deu-se assim a confirmação daquilo que o alto e baixo clero do PT cearense já sabiam. Não sem que muxoxos e reclamações tenham sido verificados.
Já há embaixadores em ação com missões internas e externas. Sabe-se que o secretário Waldemir Catanho manteve pelo menos uma reunião com o chefe de Gabinete do Governo, Ivo Gomes. Pela primeira vez, o nome de Elmano foi colocado na mesa de conversas com um aliado. Foi como uma primeira sondagem.
Internamente, o próprio Elmano Freitas começou a se movimentar. Há relatos de uma conversa entre ele e o deputado federal José Nobre Guimarães, peça chave no processo. Um fato foi sintomático: o grupo liderado pelo deputado federal José Aírton (PT) já anunciou o apoio ao preferido da prefeita.
Antes da passagem de Dilma Rousseff por Fortaleza, o clima estava pesado e a aliança PT-PSB parecia ir ao vinagre. A relação era conflituosa. Os defensores da candidatura própria no âmbito do PSB estavam animados e avançando céleres na agenda.
Após a visita da presidente da República, deu-se a distensão e o clima virou. Foi como um freio de arrumação. Efeito imediato: as interlocuções administrativas entre Governo e Prefeitura, que estavam bloqueadas, foram reabertas.
Um fato específico e simbólico que durou alguns poucos segundos chamou a atenção. Segunda-feira, final da tarde, na Beira-Mar do Pirambu, chegava ao fim a agenda de Dilma. A presidente, a prefeita e o governador se dirigiam ao carro oficial.
Como é peculiar nessas ocasiões, os jornalistas chamaram as autoridades para fotos ou declarações. Luizianne já entrava no carro quando Cid a pega pelo braço e sugere a pose para fotos. Pressionada pela rígida segurança da presidente, a prefeita vacila. De dentro do carro, Dilma diz: “Vai, menina”.
Resultado: governador com rosto colado à cabeça da prefeita. Ele fazendo o sinal do “V”. Ela com o sinal de positivo com o polegar. Os dois com sorrisos abertos.
E o que isso significa? O ocorrido sugere apenas a reafirmação de uma vontade política do governador. No caso, o desejo de manter a aliança. Serve também para sinalizar um clima de cooperação entre aliados que querem manter intactos seus projetos de poder.
É evidente (e até provável) que novas crises possam surgir. É evidente que o PSB e outros aliados podem rejeitar o caminho que venha a ser sugerido pelo PT. Porém, isso dificilmente ocorrerá sem que seja montada uma mesa de negociações. Afinal, há uma aliança formal.
Antes das mesas de negociações, há o trabalho dos embaixadores políticos e das, digamos, “missões precursoras”. São os batedores que abrem caminhos. As mesas de negociações para as composições de chapa só ocorrem após o trabalho das missões. Ou seja, se a mesa for montada é sinal de que a aliança permanece.
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