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Educação 26/11/2011 - 01h30

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Educação Um Ano Novo mesmo, de verdade! (0) educação Ainda precisamos de Papai Noel (0) educação Parem! Onde vocês pensam que vão? (0) educação A forte relação entre estudo e projeto pessoal (0) Educação Qualificar a educação (0)

Novos recursos tecnológicos trazem um substancial avanço nas pesquisas sobre o conhecimento, particularmente em suas origens, nos bebês. Sofisticados recursos são necessários nessa área em que não se pode contar com os relatos dos próprios bebês para fazer avançar as pesquisas. Aparecem pesquisas sobre o conhecimento e a percepção empregando tecnologias avançadas para acompanhar o funcionamento do cérebro no decurso de uma atividade ou estímulo.

Através da pesquisa sobre a percepção dos bebês desenvolvida pelo pesquisador Faraz Farzini (Universidade de Stanford, EUA), foi possível mostrar que os bebês não são capazes de acompanhar visualmente movimentos rápidos como aqueles dos quadros de um filme. Eles não conseguem acompanhar os movimentos ou discriminar as imagens. Os movimentos e imagens são vistos como “borrões”. Este fenômeno deve-se ao fato do desenvolvimento das capacidades perceptivas se darem de forma gradual e lenta. Nos bebês, a percepção de alteração das imagens é de meio segundo, ou 10 vezes mais lenta que a percepção dos adultos.

Uma criança, antes dos 18 meses, não acompanha as imagens de um filme (24 quadros por segundo).Seus processos perceptivos vão amadurecer, sendo concluídos por volta dos 16 anos!

Jean Piaget contribui substancialmente com a pesquisa acerca do conhecimento humano ao descrever as etapas do desenvolvimento,mostrando o processo de aquisição de conhecimentos específicos como o número, o peso, o volume ou a construção do espaço e do tempo.

Piaget diz, por exemplo, que as crianças não conseguem “ver” as transformações, fixando seu olhar sobre “estados” (quadros perceptivos), levando quase dois anos para perceber as transformações.

Desta forma,tanto Piaget quanto pesquisas atuais, como a citada, podem fazer avançar questões importantes para uma melhor organizaçãodos currículos e programas para cada etapa do desenvolvimento da criança e do jovem. Do ponto de vista cultural essas pesquisas são muito importantes, possibilitando a melhoria da produção simbólica para as crianças (filmes, teatro, desenhos animados, etc.) bem como dos estímulos a serem oferecidos nos centros de educação (creches e escolas). Por fim, pesquisas como essas fazem avançar a compreensão cada vez mais detalhada do pensamento e das formas de construção do conhecimento.

UM FILME:

Mary & Max - Uma amizade diferente

filme de Animação sobre a amizade entre duas pessoas radicalmente diferentes. Um homem de 44 anos com Síndrome de Aspergerque vive em Nova Iorque e uma solitária menininha de 8 anos que vive num subúrbio de Melbourne (Austrália) sem a atenção de seus pais. A síndrome de Max o afasta de qualquer contato social (seu sonho é morar na lua). Mary e Max tornam-se amigos por correspondência. O filme conta as vidas de um e de outro ao longo do tempo. Ambos não conseguem se encaixar nos padrões sociais e, por isso, vivem solitários. Mary cresce e casa enquanto Max está cada vez mais isolado do mundo.

O amor entre os dois e o respeito às suas diferenças faz deste filme uma experiência maravilhosa para pais e educadores.

Ficha técnica

Diretor:

Adam Elliot

Duração: 92 min.

Ano: 2009

Classificação: 12 anos

Gênero: Animação

Trilha Sonora: Dale Cornelius

LEITOR INDICA

LIVRO

As Viagens de Gulliver, é um romance satírico do escritor irlandês Jonathan Swift. É o trabalho mais conhecido de Swift, e também um clássico da literatura inglesa.

UM LIVRO: As viagens de Guliver

Autor Irlandês: Jonathan Swift

O livro é um romance satírico que descreve as sociedades inglesa e francesa da época. São quatro viagens que levam o leitor a ver a realidade sob três diferentes pontos de vista. Um belo ensaio sobre a relatividade do poder e a convivência com as diferenças. Se em Liliput, Guliver era um gigante, em Brobdingnag, os habitantes é que eram gigantes.

Sempre se associou essa obra à literatura infantil, mas os adultos podem ter aqui uma fonte de complexas reflexões assim como um divertimento fascinante.

Adriana Oliveira Lima - adri.o.l@hotmail.com

Doutora em Educação

Adriana Oliveira Lima adri.o.l@hotmail.com

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