"A elegância vem de dentro para fora. Vai muito além de grifes"
Em entrevista, Kelly Whitehurst, nome feminino à frente do Sinditêxtil e do Comitê de Mulheres Empreendedoras da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, fala sobre sua trajetória profissional, família e crenças
Lêda Maria
leda@opovo.com.br
Apostando todas as suas cartas em projetos voltados para o empreendedorismo e o futuro da indústria têxtil e dando para cada um seu toque de feminilidade e dinamismo, Kelly Whitehurst aceitou conceder esta entrevista pingue-pongue para a O POVO Lounge. O resultado são pontos reveladores para se entender sua vida e suas estratégias para “dançar o jogo da vida”. Hoje, Kelly é presidente do Sinditêxtil e do Comitê de Mulheres Empreendedoras da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Quem é Kelly Whitehurst?
Uma menina que ainda sonha, uma mulher que adora aprender, uma pessoa que ama a Deus sobre todas as coisas e que acredita na força da família.
Como classifica o trabalho da mulher no cenário do desenvolvimento do Brasil?
Há um longo caminho, além de belos discursos, a ser trilhado. Um exemplo é o caminho da equidade nas relações no ambiente de trabalho. A mulher já conquistou espaço no mercado e agora é necessário compreender a importância da complementaridade entre os gêneros. As pesquisas sobre o mercado de trabalho são claras quando evidenciam que as mulheres ainda recebem menos que os homens, exercendo a mesma atividade. Esse equilíbrio no reconhecimento nesse âmbito é importante. Por outro lado, as novas gerações já podem chegar compreendendo melhor sobre as diferenças e respeitando esses espaços. Mas isso nos cabe hoje, ao preparar as novas gerações para esse entendimento.
Motivações para você viver bem?
Estar em oração contínua, conectada com Jesus, com minha família e viajar, bem como desenvolvendo ideias e projetos novos no meu trabalho. E, quanto mais criativo, melhor.
O sucesso no trabalho vem por meio de...
Estar sempre aberta ao que há de mais atual no mundo, seja da nossa área de atuação ou não. Compreender e respeitar as diferenças. Principalmente, pensar fora da caixa e ter uma agenda organizada... Assim, a gente produz com eficácia, tranquilidade, gerenciando melhor riscos e inovando em cada detalhe.
Você vive em torno de quem cuida da produção e vendas da moda. O que é ser elegante?
A elegância vem de dentro para fora. Vai muito além de grifes. A elegância está no falar, no olhar e no sorrir. É uma atitude e escolha de vida. Quanto à moda em si, penso que hoje a gente pode acordar com brilho e ir para uma festa com um longo simples e minimalista. A moda é livre e segue a nossa personalidade.
O que está na moda para o homem e para a mulher?
Está na moda compreender nossa complementaridade em qualquer ambiente, inclusive o de trabalho. Está na moda preservar nossa dignidade e ética. E está super na moda ter um mindset voltado para o amor, para a vida plena... Para fazer o bem, não importa a quem.
Três coisas que nunca devem ser usadas.
Consigo pensar em três coisas que nunca deveriam ser usadas: arma letal, atitude abusiva (física ou verbal) e drogas. Quanto às roupas, quando a gente observa a moda de perto e pelo mundo afora, passa a respeitar as diferenças das diversas tribos existentes no mundo... Os diferentes comportamentos e tão variados looks e isso torna a moda surpreendente.
O espelho ainda é o melhor amigo da mulher?
Para mim, o melhor amigo sempre será Jesus, porque o espelho pode apontar fisicamente um belo sorriso ou uma ruga a mais, mas a Fé em Deus é capaz de mostrar e ainda fazer uma plástica na nossa alma.
Quais são suas práticas diárias para se manter mais linda e mais jovem?
Meditar na palavra de Deus, beber muita água, acordar com um bom dia maravilhoso e brincar com minha filha.
O que aprendeu com sua mãe, Ethel Whitehurst, ao longo dos anos?
A minha mãe é uma diva e guerreira, mas ela tem algo muito maior... Uma força de vida que vem se renovando a cada dia, cheia de entusiasmo. Isso me dá força para seguir adiante. Amo minha mãe e amo nossas diferenças, pois nos complementamos. Acho que por isso pareço tanto com ela... Deus já sabia de nossa caminhada linda.
A família vive bem quando...
A família vive bem quando ela dá espaço a cada um de seus membros, incluindo as suas diferenças de pensamento e de escolhas, aprendendo a conviver e respeitar nossos limites, sem julgamentos... Equilibrando o dar e o receber e respeitando os mais velhos. E, em consequência, receber a bênção dos que vieram antes de nós.
As informações são de responsabilidade do autor:
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