O POVO LOUNGE 21/01/2018 - 08h00

"O glamour dos Anos Dourados já se foi há muito tempo"

Em entrevista, Lucile Nóbrega relembra momentos marcantes de sua vida e dá seu ponto de vista sobre assuntos do universo feminino
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Sonia Pinheiro csonia@uol.com.br
Fotos: ACERVO PESSOAL
Na eleição de Miss Elegante Bangu, no Ideal Clube. Com Esther de Castro, Fernanda Parente e Benvinda Saboya

O médico Cândido Nóbrega e Lucile compunham, nos anos 1960 e 1970- a lista dos leves e queridos anfitriões da sociedade. Recebiam bem e na sua boate privé – designada de Cesto por Lúcio Brasileiro - circulavam personagens da alta roda. Suas recepções juntavam charme e a chamada joie de vivre e, assim, as reuniões que comandavam transcorriam sempre em grande estilo.

A viuvez não a retirou de seu carisma e o desejo de seguir em frente, sem se despojar de uma juventude interior que segura até hoje, ligada às convicções e à arte de transformar desejos em realidade. Seu livro de cabeceira? É Confesso que Vivi, do grande Pablo Neruda, o que já diz muito de si.

Como você se descreveria para alguém que não a conhecesse?
Sou uma mulher simples, alegre, descontraída, otimista e sem preconceitos. Adoro ler e viajar. E me orgulho de ser autora da minha vida.

Existe receita para uma relação de amor feliz?
Receita não há. Em uma relação tem que haver respeito mútuo e compreensão. Entendo que ninguém é dono de ninguém. Com o tempo vem a amizade que, se bem administrada, resulta numa relação que pode ser duradoura.

Acha que a sociedade de agora tem o mesmo glamour de tempos atrás?
O glamour dos anos dourados já se foi há muito tempo. Não mais existem os bailes do Ideal, as festa carnavalescas do Iate nem o Baile dos Solteiros, promovidos pelo colunista Lúcio Brasileiro.

No seu olhar, quais as décadas mais marcantes do high society cearense?
Foram os anos 60 e 70. Nessa época, a boate Meia-Noite era o local onde todos se reuniam nas noites de sábado.

Foto para a lista das Dez Mais Elegantes do jornalista Lúcio Brasileiro

Quem eram os grandes anfitriões desse período em que as pessoas recebiam em casa, tinham boates em suas residências e as festa nos clubes, tipo o réveillon do Ideal e a Noite do Havaí, no Iate, eram programas deliciosamente obrigatórios nas passagens de anos e no pré-carnaval?
Os casais Leônia e Deusimar Lins Cavalcante, Lourdinha e Luis Gentil, Marcília e Tarcísio Tavares e Ana Luiza e Eno Porto. Havia algumas boates particulares, como a de Sulamita e José Waldo Cabral e a de Marly e Renato Almeida, além da minha, que Lúcio Brasileiro apelidou de Cesto.

Em sua opinião, seria démodé, hoje, uma lista das dez mais elegantes?
Considero fora de moda. Mulheres elegantes vão existir sempre, mas não há necessidade de enumerá-las.

Quais as mulheres que você considera bonitas e chiques no Ceará, no Brasil e no mundo, ontem e hoje?
Beatriz Gentil Philomeno Gomes. E, agora, na turma jovem, ressalto: Eveline Fujita (sra. Lisandro Fujita) e Paulinha Sampaio (sra. Felipe Rocha). E, no mundo, ontem, Jacqueline Kennedy e, atualmente, Kate Middleton.

Como traduz o Ceará e o Brasil atualmente?
Estamos passando por um momento muito delicado, porém sou otimista e sempre vejo o Brasil como um país grandioso e de muitas potencialidades. No entanto, o maior desafio é a restauração da ética na política e na administração pública. Quanto ao Ceará é inegável que hoje é um Estado que ocupa uma posição de destaque no cenário nacional.

Lucile com o avô Myrtil Meyer e as primas Maria Luiza, Silvinha, Myrtes, Daisy e Regina

Que personalidades mais admira nos panoramas nacional e internacional?
No mundo, Barack Obama e Angela Merkel. No Brasil, Fernanda Montenegro.

Um livro de cabeceira; um filme inesquecível; uma música marcante?
Confesso que Vivi, de Pablo Neruda; Suplício de Uma Saudade e Yesterday.

Curte as redes sociais?
Sim, aproveitando para me atualizar e me comunicar com os amigos.

O que mais deseja para 2018?
A retomada da economia do país, além de mais segurança, saúde e educação para todos.

O que é, para você, uma mulher empoderada?
Vejo o empoderamento feminino como uma conquista das mulheres que estão cientes de seus direitos e se posicionam na sociedade em patamar de igualdade com os homens.

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