Em pesquisa divulgada ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 92% da população mundial vive em locais onde a qualidade do ar não é adequada. Para especialistas, a redução da poluição nas grandes metrópoles só ocorrerá com a queda no número de veículos automotores. Mais que uma data comemorativa, o "Dia Mundial Sem Carro", celebrado nesta sexta, 22, é uma maneira de mostrar à população que existem formas alternativas aos carros e motos para se deslocar nas cidades.
Com 20 anos de história, a data auxilia, a longo prazo, a preservação do Meio Ambiente, seja por meio do incentivo ao uso de bicicletas ou do transporte coletivo. Com o calendário, o que importa é reduzir a quantidade de veículos motores individuais nas ruas.
Membro do coletivo Verdejar, o designer paisagista Franklin Maia conta que o dia de hoje é importante para que muitas pessoas deem o primeiro passo sobre decidir se continuam ou não a utilizar carros. "Às vezes, as pessoas têm a primeira experiência sem o carro hoje, e, a partir disso, começam a se locomover de outra maneira. Seja a pé, de bike ou de ônibus, essa troca dá um sentido de propriedade diferente para a cidade. O olhar de quem passa de bicicleta não é o mesmo de quem está dentro dos carros", conta.
Franklin diz que, no decorrer do ano, é costumeiro que outras atividades com esse viés de proteção ambiental, realizadas por coletivos e sociedade civil organizada, sejam propostas na Cidade. Entre as ações, são estimuladas as pedaladas coletivas e até a doação de mudas, que servem para aumentar o número de árvores e sombras nas calçadas e praças de Fortaleza.